Família de comerciante morto fica revoltada com soltura do assassino
A família do comerciante Antônio Cantanhede Silva, 55 anos, assassinado dentro do estabelecimento que possuía em Satubinha-MA, está revoltada com o Habeas Corpus concedido ao acusado, Manoel Crus Sá.
O autor do delito teve a liberdade provisória concedida no Plantão Judiciário de 2° Grau. A defesa alegou constrangimento ilegal “por ausência dos requisitos para manutenção da prisão preventiva, bem como que o paciente está acometido por doença grave que põe em risco a sua integridade, visto que o sistema prisional não possui condições de arcar com seu tratamento médico”.
O relator do plantão, desembargador Douglas Airton Ferreira Amorim, concedeu a liminar diante do acometimento de doença grave do acusado.
“Dessa forma, apesar da gravidade da infração penal atribuída ao paciente, cuja investigação e o devido processo constitucional declarará a culpa ou inocência do acusado, resta devidamente demonstrado que este está acometido por doença grave, motivo pelo qual mostra-se razoável a aplicação das medidas cautelares diversas da prisão (…)”, traz trecho da decisão do desembargador.
Manoel Crus deverá cumprir alguns requisitos para não ter o benefício revogado, tais como: não se ausentar da Comarca sem autorização do juízo; não se embriagar; não frequentar bares, boates e estabelecimentos similares; não andar armado; recolher-se em casa antes das 20h; além de usar tornozeleira eletrônica pelo prazo de 100 dias.
O ASSASSINATO
O homicídio ocorreu no dia 20 de agosto deste ano. Antônio Cantanhede foi morto dentro do seu próprio bar na presença de uma criança. A vítima teria solicitado que Manoel baixasse o volume do som do carro, o que não teria agradado o cliente.
As imagens do circuito interno do estabelecimento montaram Manoel iniciando a discussão com o dono do bar, e em seguida disparando contra a vítima, que foi atingida no abdômen e morreu no local. Toda a ação foi na frente de uma criança que brincava no local.
Manoel tentou fugir, mas foi preso por policiais militares, que atiraram nos pneus do carro do suspeito, que não atendeu ao pedido dos policiais para parar o veículo. A arma do crime foi encontrada no mato.