Conheça a rotina das quebradeiras de coco babaçu no Maranhão

Por Luís Pablo Maranhão
 

Já diria a canção popular: “no Maranhão, babaçu abunda”. Cerca de 8 milhões de hectares de babaçuais do país estão localizados no estado do Maranhão, que é o estado com a maior população vivendo da extração de coco babaçu. Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), “em 2009 foram coletadas 109.299 toneladas de amêndoas de babaçu, sendo que o principal produtor, o Estado do Maranhão, concentrou 102.777 (95%) do total nacional”. Apesar disso, o beneficiamento da população pela extração do babaçu ainda é muito rudimentar; não há tecnologias empregadas nesse processo, que depende, essencialmente, do trabalho manual das chamadas “quebradeiras de coco”.

As quebradeiras de coco, Mariana (E) e Raimundo (D) expõe sabonetes feitos a partir do coco babaçu.

As quebradeiras de coco, Mariana (E) e Raimundo (D) expõe sabonetes feitos a partir do coco babaçu.

Pensando em modificar essa realidade ou, ao menos, melhorar a situação em que vivem as quebradeiras de coco, desde 2000, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa – iniciou trabalhos de melhoria no perfil da produção agrícola no Estado, principalmente em relação ao coco babaçu, uma riqueza natural tipicamente maranhense. Nesse sentido, em 2009, a Embrapa instalou a unidade Embrapa Cocais em São Luís, cuja missão é viabilizar, por meio da pesquisa, desenvolvimento e inovação, soluções para a sustentabilidade da agricultura dos ambientes Cocais e Planícies Inundáveis, com ênfase no segmento da agricultura familiar, e adotando como uma de suas prioridades a palmeira do coco babaçu.

“O objetivo da Embrapa Cocais é trabalhar em alternativas de aproveitamento integral do coco, pois as comunidades extrativistas, hoje, só aproveitam a amêndoa. Queremos fazer esse trabalho render mais para as famílias maranhenses, pois as potencialidades do babaçu são inúmeras”, disse o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cocais, José Mário Frazão, um dos pioneiros do trabalho de pesquisa com babaçu no Estado, lembrando que a palmeira babaçu pode ser transformada em mais de 70 produtos, como óleo, sabonetes, palha para cobrir casas, artesanato e carvão, entre outros. Leia mais no site do Imparcial.

Um comentário em “Conheça a rotina das quebradeiras de coco babaçu no Maranhão”

  1. Luciane Teixeira

    Boa tarde! gostei muito da reportagem. Faço engenharia agronômica e estou fazendo um trabalho sobre o babaçu, precisamente sobre a sua economia para o estado-Ma e sobre as quebradeiras de coco.

    Gostaria se pudesse me enviar dados sobre a produção das quebradeiras de coco, ou seus produos.

    brigada!

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