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O produtor cultural maranhense Nelson Piquet, que está em Kathmandu, no Nepal, presenciou o terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o país no sábado (25) e deixou 2.152 mortos e mais de mil feridos, segundo a agência AP. Em entrevista à TV Mirante, ele contou que o clima é “tenebroso” na cidade.

“O clima não é dos melhores, não é mesmo. A cidade está em escombros, muitas coisas caíram. Tá tudo assim meio que tenebroso, mas acho que vai dar tudo certo sim. [Entre os brasileiros] é o melhor possível. São pessoas que nunca se viram e quando passam por uma situação dessa, todos são irmãos, é impressionante”, contou.

O produtor contou que viajou a turismo e, no momento dos tremores, estava no quarto do hotel onde havia se hospedado. “Foi às 11h. Aconteceu o maior tremor, aquele tremor forte. A impressão que tinha é que o prédio ia desabar inteiro. Ele balançava de um lado pra outro. A cama corria de um lado pro outro do quarto. Caíram coisas, caiu luz. O pessoal do hotel mandou a gente evacuar. Todo mundo saiu de dentro dos prédios. E aí foi aquela multidão de gente, todo mundo na rua sem saber pra onde ía”, relatou.

Piquet afirmou ainda que já começa a faltar mantimentos na cidade e que ele teve que mudar para outro hotel após o terremoto. “Destinaram a gente pra uma área aberta, que é uma área mais segura. As pessoas começaram a se concentrar nelas. Já começaram a faltar mantimentos, mas eu descobri um hotel que tem energia, acesso à internet, outros brasileiros e uma boa assistência, mas não podemos ficar dentro do hotel porque é muito perigoso”, disse Piquet.

Segundo ele, muita gente está tentando deixar o país. “Eu consegui comprar pela internet um voo que sairia amanhã daqui pra Bangkok, que tá longe da área. É a primeira opção, mas, a meu ver, se tiver a opção de eu ir pra Déli, parece que o governo indiano está colocando uns aviões das Forças Armadas para evacuar toda a área”, afirmou.