A missa de sétimo dia de Marcelo Dino, de 13 anos, filho do presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), foi celebrada ontem, 20, na Igreja de Santo Antonio, na 911 Sul, em Brasília. Familiares, amigos e autoridades, compareceram na cerimônia.

Marcelo Dino morreu na manhã da última terça-feira, 14, no Hospital Santa Lúcia, em Brasília. A Polícia Civil do Distrito Federal abriu inquérito para apurar a morte do jovem a partir da ocorrência feita pelo seu tio procurador da República, Nicolau Dino.

De acordo com o delegado Anderson Espíndola, da 1ª DP, o tio relatou que o sobrinho passou mal na escola com um quadro de bronquite asmática e foi levado para o Hospital. Nicolau contou que Marcelo apresentou uma melhora no quadro, mas, por volta das 5h30 de terça, depois de receber um medicamento, teve piora no quadro de saúde.

Segundo o delegado, Nicolau Dino disse que os médicos foram chamados, mas que houve demora no atendimento durante a crise. Segundo Espíndola, o tio relatou ainda que houve demora também em dar remédio para combater a crise. De acordo com o policial, a família suspeita de negligência médica.

O hospital informou que o medicamento ministrado ao jovem por volta das 5h30 foi um corticóide, o mesmo que ele tomou quando chegou ao hospital. De acordo com a assessoria do Santa Lúcia, o medicamento não tem nenhuma relação com o mal súbito que ele teve.

A Polícia Civil adiou o depoimento de três médicos que atenderam Marcelo Dino. As oitivas com os médicos foram desmarcadas a pedido da direção do Santa Lúcia. A alegação é que os profissionais já tinham outros compromissos agendados como procedimentos cirúrgicos e consultas marcadas. Eles devem prestar esclarecimento sobre a morte do adolescente depois do carnaval.