O capital inicial de algumas empresas ligadas a suspeitos de integrar o ‘consórcio’ montado para a execução do jornalista Décio Sá ultrapassa R$ 6,7 milhões, segundo os registros da Receita Federal.

Um levantamento feito comprova que Gláucio Alencar e Júnior Bolinha, têm participação societária em sete empresas. Em umas delas, apenas Gláucio possuía uma patrimônio avaliado em mais de R$ 10 milhões.

A maioria das empresas tem sede em São Luís e duas registradas em Santa Inês.

O ramo de atividades das empresas bem variado. A utilização delas servia para esconder as ações de agiotagem e extorsão, das quais Gláucio e Bolinha são suspeitos de participar.

Em outro levantamento feito ao site da Receita Federal, cinco empresas foram identificadas como tendo a participação de Gláucio como sócio ou sócio majoritário.

Estas, por sua vez, são as que apresentam capital inicial de maiores valores. A GAP Construtora, que atua no comércio varejista de produtos de alimentos em geral ou especializado em produtos alimentícios, e a GAP-MED Distribuidora de Medicamentos e Materiais Hospitalares, apresentaram, cada uma, valores registrados em R$ 3 milhões.

Os dados de Gláucio Alencar também aparecem nos registros da Luzzo Produtos de Limpeza, da GAP Construtora e da GAP Factoring, empresa que pode atuar na prestação de serviços, apoio à pequenas e médias empresas e que pode ser autorizada na compra de direitos creditórios originados de vendas mercantis realizadas por sua clientela. Esta última empresa é investigada pela polícia, pela suspeita de ser utilizada nas ações de agiotagem e extorsão.

O outro mandante

Nos registros da Receita duas aparecem diretamente ligadas ao empresário Júnior Bolinha. A Jr. Veículos, que trabalharia na locação de automóveis, possui um valor estabelecido em R$ 100 mil.

Já a Novamérica Comércio e Representações foi registrada como representante comercial e agentes de comércio de produtos alimentícios, bebidas e fumo, com capital inicial de R$ 200 mil.

Patrimônio dos mandantes

De acordo com o superintendente da Seic (Superintendência de Investigações Criminais), delegado Augusto Barros, a polícia ainda apura o patrimônio de Gláucio Alencar e de Júnior Bolinha, mas já conseguiu identificar uma valor até o momento de R$ 10 milhões.

“Além das empresas, fazem parte imóveis e veículos de luxo, por exemplo. Mas ainda estamos verificando para saber qual esse valor”, explicou Barros. (Com informações do G1MA).