“Se eu tivesse envolvido, teria que ser autuado em flagrante”, diz ex-superintendente do Maranhão

Por Luís Pablo Polícia
 

O delegado Tiago Bardal se manifestou, na manhã desta sexta-feira (23), em entrevista a Rádio Mirante AM sobre as suspeitas lançadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) a ele em relação à participação em um grupo criminoso com participação de policiais.

Três militares foram presos, além de outras cinco pessoas envolvidas em contrabando e supostamente outros crimes na Região Metropolitana de São Luís. Bardal disse que sofre uma perseguição e ainda não entende o motivo. Ele foi exonerado do cargo de superintende da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic).

Tiago Bardal disse que não conhece nenhuma das pessoas presas na operação e que foi abordado por policiais militares duas horas antes da operação e cerca de 5 km de distância do local em questão. Ele confirmou que estava no Quebra Pote, por volta das 23h de quarta-feira (21) e que a operação começou 1h de quinta-feira (22).

“Nós estávamos trabalhando (quando abordado), só que preciso ser chamado formalmente para poder explicar. Nem da minha exoneração fomos comunicados. Eu tomei conhecimento também que foi pedida minha prisão. Mas se eu tivesse envolvido neste caso, teria que ser autuado em flagrante como os outros foram, e isso não aconteceu pelo fato de não ter provas, não ter elementos. Se eu fizesse parte desta organização, poderia avisar os outros para fugirem, pois fui abordado e liberado cerca de duas horas antes da operação. Aí a operação aconteceu e todos foram presos”, disse Bardal.

O ex-superintendente disse ainda que até a manhã desta sexta-feira (23) não havia recebido comunicação oficial de ninguém, portanto iria trabalhar normalmente na sede da Seic até ser chamado para poder se explicar.

“Há quase dez anos a gente trabalha só combatendo o crime organizado e eu não sei o motivo dessa perseguição agora. Por anos, deixei de lado minha família em prol do sistema de segurança pública. Até baleado já fui. Então, só queria ser chamado para prestar esclarecimentos quando meu nome foi citado. Só isso. Eu liguei o dia todo (quinta) para todos, inclusive o delegado geral (Leonardo Diniz), e ninguém me atendeu. Desligaram na minha cara”, declarou.

Bardal estava há três anos como superintendente, há dez ele é delegado da Polícia Civil do Maranhão. Antes de comandar a Seic, em outras superintendências e também na região tocantina.

“Em momento algum eu fui convocado para prestar esclarecimento formal sobre os fatos. Trabalhei normalmente ontem (quinta) e não fui chamado para falar sobre o que ocorreu. Tomei conhecimento que as pessoas que foram ouvidas, nenhuma citou meu nome e nenhuma me conhece”, concluiu.

G1/MA

2 comentários em ““Se eu tivesse envolvido, teria que ser autuado em flagrante”, diz ex-superintendente do Maranhão”

  1. Nelson Mandela Júnior

    Segundo o art. 302 do CPP (Código de Processo Penal), Considera-se em flagrante delito quem:
    1) Está cometendo a infração penal;
    2) Acaba de cometê-la;
    3) É perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
    4) É encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração.

    Parece-me a primeira vista que o Delegado Bardal não está inserido nas previsões acima, razão porque não fora autuado em flagrante, visto que não estava no exato local do crime, na verdade ele esteve minutos antes e usando o faro de bom policial fugiu do fogo cruzado e, os PMs não prenderam-o logo porque viram que se tratava de um Delegado e de nada desconfiaram, aliás, ninguém acredita ainda no que está acontecendo, pois, esse delegado só perdia para os artistas da Globo, visto que todos os dias estava aparecendo na TV como o supra-sumo da moralidade e honestidade, mais, como já dizia minha avó , quem ver cara não vê coração e, mais: todas as desculpas que ele inventa para justificar sua estadia próximo da cena dos crimes, não convencem nem crianças, portanto, demissão nesse vagabundo pago com o nosso dinheiro para nos defender e não fomentar crimes.

  2. Lauro Gentil

    nelson vai estudar p passar num concurso top desses. quem tem que sair sao os depssssssssssssssssss

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