Oposição repercute reportagem sobre irregularidades no Saúde é Vida

Por Luís Pablo Política
 

Deputados Marcelo Tavares e Rubens Pereira Jr.

Dois deputados da oposição, Marcelo Tavares (PSB) e Rubens Pereira Júnior (PCdoB), repercutiram de forma contundente, na sessão desta segunda-feira (1º), a matéria “Os 72 hospitais de Roseana na UTI”, publicada no final de semana pela “IstoÉ”, sobre fraude na licitação dos hospitais do Programa Saúde é Vida, da Secretaria de Saúde do Estado.

Marcelo Tavares, que é o líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), disse que acompanhou “sem nenhuma surpresa, mais uma vez, o Maranhão ser achincalhado na mídia nacional em função da corrupção e dos desmandos do atual governo”.

Diante das denúncias, Marcelo Tavares anunciou que vai entrar com pedido oficial do cancelamento do contrato com a empresa ganhadora da licitação, a Proenge Engenharia. “A revista ‘IstoÉ’ coloca no chão o Programa Saúde é Vida, do governo do Estado, o maior exemplo de corrupção na história recente do Maranhão”, afirmou o líder do BPO, ao assegurar que “a realidade ainda é pior do que a denúncia da revista”, por conta das fraudes cometidas para permitir a contratação da empresa, sem que todos os hospitais tenham saído do papel.

Marcelo Tavares afirmou que a mesma denúncia já foi feita anteriormente por ele e pelo deputado Rubens Júnior, mostrando que a empresa, a Proenge Engenharia, recebeu R$ 14 milhões sem ter feito o trabalho para qual foi contratada. “Mas é pior do que isso, trago aqui o Portal da Transparência com a data de hoje, é que o secretário de Saúde, Ricardo Murad, só no mês de julho já pagou mais de R$ 2 milhões para a Proenge Engenharia. Um contrato que deveria chegar a R$ 28 milhões, mesmo aditivado, ele já pagou R$ 30 e continua pagando”, garantiu.

Já o deputado Rubens Júnior disse que apesar das denúncias feitas em plenário pelos dois a Secretaria de Saúde continuou a realizar pagamentos para a Proenge Engenharia, embora o prazo de conclusão dos 72 hospitais não tenha sido cumprido. “O governo briga com a verdade e deixa a desejar em várias áreas, especialmente na saúde. Os 72 hospitais eram para outubro de 2010. Foram adiados para dezembro de 2010 e para junho de 2011. Já estamos em 01º de agosto; Maranhão sendo chacota nacional mais uma vez. Não por culpa do seu povo, não por culpa da sua gente, mas por culpa principalmente da má política que impera há muitos e muitos anos em nosso Estado”, acusou.

Marcelo Tavares e Rubens Júnior elogiaram a atuação dos técnicos e procuradores de Conta, do Tribunal de Contas do Estado, “que fizerem, com dados e números, essa denúncia que esta Casa se negou a investigar”. (Agência Assembleia)

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