Juiz diz que matéria do Fantástico faltou com a verdade

Por Luís Pablo Política
 

Blog do Luís Cardoso

A respeito da matéria do Fantástico, sobre a ‘condenação’ sofrida por um funcionário da Caema, que teria sido espancado por um delegado da Polícia Civil do Maranhão, o juiz da 1ª Vara Especial Criminal, Lucas da Costa Ribeiro Neto, disse que a reportagem não retratou a verdade.

Na época do ocorrido, o operário José Raimundo Ribeiro Pires, trabalhava numa rua que estava interditada ao tráfego por funcionários da companhia de água. O carro de polícia onde estavam o delegado Alberto Castelo Branco e dois investigadores tentou avançar e, como a rua foi liberada, numa discussão, o delegado acabou prendendo o funcionário da Caema por desacato.

O juiz Lucas Neto, titular do 1º Juizado Especial Criminal. Foto: Reprodução

O juiz Lucas Neto, titular do 1º Juizado Especial Criminal. Foto: Reprodução

Numa audiência entre as duas partes, o juiz contou que o Ministério Público propôs uma transação judiciária, que é uma penalização mais branda, o que teria sido aceito pelos dois.

O funcionário da Caema havia entrado com uma ação contra o delegado, por abuso de autoridade, por considerar sua prisão arbitrária.

O delegado Carlos Castelo Branco, por suas vez, havia entrado antes com uma ação contra o funcionário por agressão. E ainda anexou ao processo um laudo em que mostra que ele teria sido vítima de borracha utilizada pelo funcionário da Caema. Acompanhado de seus advogados, as partes aceitaram o acordo com MP.

O delegado teve de pagar R$ 1.000, e os dois agentes R$ 400, em penas alternativas, que vão da entrega do recurso ou cestas básicas para o juizado, que as distribui entre instituições de caridade.

Já o funcionário da Caema aceitou pagar a quantia de R$ 400; pena que foi reduzida para R$ 200 à vara criminal. Em momento algum, explicou o juiz Lucas Neto, o dinheiro foi destinado ao delegado.

Além do seu advogado, o funcionário da Caema estava acompanhado do diretor do Sindicato dos Urbanitários. Semanas depois, ele foi até o juizado agradecer a intermediação.

O magistrado estranhou o conteúdo da matéria e desafiou as partes a mostrarem o contrário do que foi realizado na audiência. ‘Não vestirei mais a minha toga, de quem tenho muito orgulho de usá-la, se provarem o contrário, disse o juiz.

7 comentários em “Juiz diz que matéria do Fantástico faltou com a verdade”

  1. Macabeu

    Os colega do operário dizem; Que ele pagou para apanhar, mas, o que foi mesmo que o operário fez, para ser punido?
    O Delegado entrou com ação de agressão, e ainda anexou laudo, contra o operário, ver se pode?
    Essa só Freud explica!!!.

  2. Falador da verdade

    esse togado ultrapassado só sabe é gritar em audiência dizendo que vai mandar prender as partes. Igual igual ao delega.

    Dr Lucas precisa é se atualizar mais quanto à legislação.

    Te cuida Luís Pablo, olha a algema contra o Melo…

  3. Bevilaqua

    se o corregedor desse tribunal fosse rever situãções embaraçosas para a credibilidade da magistratura, uma penca de juizes principalmente quem já assessorou juizes e desembargadores, devriam estar na cana ou penalizados pelo cnj, mas muita coisa agora vai mudar.

  4. Jr

    O judiciário do maranhao e uma vergonha! Começando pelo presidente do tj.

  5. Jose dirceu

    Luís Pablo, nesse judiciário do maranhao serve de chacota para esse Brasil afora, fazendo um pente fino nesses bandidos da justiça se salva 10 porcento estou sendo generoso.

  6. um outro olhar

    Essa imprensa é sensasionalista. é incrível a capacidade de direcionar a opinião pública. Vê-se que foram omitidados alguns dados pela reportagem e mesmo pelo trabalhador. Torna-se até confuso formar uma opinião.
    Fato é que é preciso dá um credito as instituições de segurança pública, e, em uma analise imparcial do ocorrido, Esse SR., dito “trabalhador” deveria cooperar com o trabalho da policia. Me pergunto o motivo do trabalhador vetar a passagem da viatura da policia em via pública? mesmo por que a Companhia para o qual trabalha não tem poderes para interditar via pública, principalmente, essa av. que parace ser movimentada. E se fosse um flagrante?, uma ambulância? uma emergencia?…Tem gente que é “tinhosa” mesmo. Não acredito que o fato tenha tomado essa proporção, sem ofensas, sem desrespeito, sem qualquer afronta. é o que comprova a agressão ao delegado.
    Esse video nos mostra a realidade da polícia. Imagine só, se esse trabalhador, dito “homem de bem” é capaz de se rebelar diante dos agentes, quiça, os delinquentes e infratores hediondos? Dessa forma a instituição caminhará a falência e, nós, cidadãos, não podermos contribuir para esse descredito.
    Não sou a favor de qualquer manifestação de violência, mas acredito ser essa a realidade: a policia não pode esperar que o sujeito, agente de um crime, seja lá qual for, porque é um crime da mesma forma (faço referencia ao crime de desacato), aceite seu convite de forma pacífica a ser conduzido. é evidente, que na maioria das vezes, haverá resistência. E a policia, revestida do poder legalmente atribuido, deve usar moderadamente os meios necessarios a fazer valer seu trabalho, caso contrario, não terá eficacia. Ora, considero os excessos devam ser punidos, mas, dentre muitas noticias, sequer consta que houve lesão ao operario, como disse, essa é a realidade, não podemos confundir com excessos.
    Diante de tantos colocações, me pergunto sobre quem seja a vitima. Concluo que a verdadeira vitima sejamos nós, inertes diante do descredito atribuido as instituições de segurança pública e frageis diante do que nos colocam para ver.

    .

  7. Seres pensantes ou mera esponjas?

    Como somos preguiçosos! Tanto que chegamos ao ponto de não mais usarmos de nossa capacidade pensante e de, com senso crítico e razoabiildade, examinarmos cada situação que nos é apresentada. Ao invés disso, simplesmente, absorvemos as opiniões de terceiros, as conclusões dos veículos de divulgação. Incrível como já saímos aceitando o que é divulhado num jornal sem, sequer, analisarmos racionalmente a situação. AO contrário disso, já saímos endossando o que nos é passado, xingando, julgando (sem buscarmos nos aprofundar nos fatos) só para mostrarmos que estamos por dentro e que temos nossa opinião..e que ela é certa!
    Mas, primeiro, a opinião não é nossa, nos foi imposta de uma maneira disfarçada que chega a nos tirar o dierito e pensar por nossa própria cabeça.
    Também não podemos garantir que é certa porque, desde quando julgar algo sem conhecer todos os fatos é um julgamento justo?
    Alguém parou para analisar todos os fatos? Não. É mais fácil falar mal da segurança pública, do Juiz, dos policiais e dizer que a justiça não presta.. Enfim, o tal senso comum… como gravadores só repetindo opiniões da grande maioria que não se deu o trabalho de pensar e chegar a sua própria conclusão! Esponjas.. absorvem tudo, sem importar o quê!
    Alguém parou p pensar o porquê do delegado ter, supostamente, se alterado com o funcionário? Alguém pensou que diante de um decreto de prisão (motiviada por uma agressão a uma autoridade pública – comprovada por meio de exame pericial) o funcionário resistiu e por isso obrigou que os tais policiais a se valerem da força para efetuar a prisão? Alguém se tocou que ninguém é convidado a ir a delegacia por estar preso e que, diante de uma resistência (após uma agressão) os policiais têm de agir de maneira a garantir a credibilidade, a força da polícia? P que a polícia serve? Imagine quão desmoralizada que ela ficaria se, quando cada pessoa não quiser ir presa e resistir, os policiais, por medo de serem punidos (processados por abuso de autoridade quando nenhuma lesão foi encontrada no operário, mostrando que a força usada foi somente a necessária) dissessem “tudo bem então, se vc não quer ir, não via”…? Temos de definir o que queremos..
    Claro, existem corrupto (em tdas as profissões), mas generalizar pelo ponto de vista ruim é dar crédito demais a quem não merece e desmerecer os poucos que agem corretamente.
    Pensemos nós mesmo, meus caros! Afinal, temos nossos próprio cérebros, e não esponjas na cabeça!

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