Dilma e Aécio disputam 2º turno para Presidência da República

Por Luís Pablo Política
 
Dilma Rousseff e Aécio Neves

Dilma Rousseff e Aécio Neves

Marca da política brasileira há 20 anos, a polarização PT-PSDB deu indícios de que seria quebrada pela entrada de Marina Silva (PSB) na disputa à Presidência da República. Na reta final, porém, petistas e tucanos se credenciaram para disputar, no segundo turno, o comando do país.

Com 91,68% das urnas apuradas até as 19h56min, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou o segundo turno entre Dilma Rousseff e Aécio Neves no próximo dia 26.

Em primeiro lugar, Dilma alcançou 40,91% dos votos válidos (excluídos nulos e brancos), contra 34,28% de Aécio. Com a quantidade de votos a ser apurada, está descartada a vitória da atual presidente no primeiro turno — quando um candidato precisa obter a metade dos votos mais um para vencer.

Alçada à candidata à Presidência após a morte do líder da chapa, Eduardo Campos (PSB), Marina não sustentou as intenções de voto crescentes apresentadas nas pesquisas eleitorais realizadas logo depois da sua entrada na disputa. A ambientalista obteve 21,11% dos votos até as 19h56min, ficando na terceira posição e fora da disputa do segundo turno.

Atrás de Marina, Luciana Genro (PSOL), com 1,59%; Pastor Everaldo (PSC), com 0,75%; Eduardo Jorge (PV), com 0,62%; Levy Fidelix (PRTB), com 0,44%; Zé Maria (PSTU), José Maria Eymael (PSDC), Mauro Iasi (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO) alcançaram, respectivamente, 0,09%, 0,06%, 0,05% e 0,01%.

Principal oposição à atual presidente, Aécio chegou a perder o protagonismo na campanha com a entrada de Marina após o acidente aéreo que matou Campos e outras seis pessoas em 13 de agosto. A polarização Dilma-Marina marcou a corrida presidencial, deixando o tucano na terceira posição nas pesquisas eleitorais. Porém, nos últimos dias, o ex-governador de Minas Gerais encostou na ambientalista, criticada por contradições em seu plano de governo, e confirmou a ida ao segundo turno.

Já Dilma resistiu a ataques da oposição em um cenário povoado pela estagnação econômica do país e por denúncias de corrupção. O escândalo de desvios da Petrobras não parece ter sido suficiente para abalar a imagem da presidente, que se equilibrou sobre os feitos de seu governo e os oito anos de Lula no poder.

O eleitores deverão voltar às urnas daqui a três semanas, em 26 de outubro. Antes disso, voltam ao rádio e à televisão as propagandas eleitorais gratuitas, em 11 de outubro.

(Com informações da Agência Brasil)

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