Maioria dos vereadore da Câmara de São Luís podem ser alvo de investigação da Polícia Federal

Crime eleitoral é caso de Polícia Federal. Sendo assim, a PF deve investigar todos os vereadores da Câmara de São Luís, que fazem parte da base aliada do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

Um suposto esquema eleitoral vem acontecendo no Instituto Superior de Educação Continuada – ISEC, que foi contratado por R$ 33.210.857,00 pela prefeitura, durante um prazo de 1 ano, através da Secretaria de Orçamento Participativo, para terceirização de serviços administrativos.

Acontece que essa “terceirização de serviços” é, na verdade, uma farra de indicações de vereadores governistas, que estão encaminhando 30 nomes – cada parlamentar, para o Instituto.

Tudo vem acontecendo da seguinte forma: o “indicado” apresenta um formulário preenchido com seus dados, que é pego no gabinete do vereador. Com o documento na mão, a pessoa vai até o ISEC e se apresenta falando o nome do parlamentar.

Uma pessoa responsável pelas indicações verifica na relação do vereador se consta o nome da pessoa, após a confirmação o Instituto encaminha o “indicado” para o médico do trabalho. Em seguida, a pessoa faz o teste psicológico e depois uma redação com o seguinte tema: “Quem sou eu”.

O mais interessante é que a maioria desses “indicados” são lideranças comunitárias, sendo que alguns não têm nem noção de como fazer uma redação. E é bem aí que a Polícia Federal deve averiguar para saber como está sendo feita a “seleção”.

No dia 9 deste mês, o Blog do Luis Pablo denunciou o escândalo eleitoral, tendo repercussão até na Assembleia Legislativa através do pronunciamento do deputado estadual Wellington do Curso, que até hoje cobra das autoridades competentes uma investigação nessa contratação entre a prefeitura e o Isec. Reveja aqui.

O caso é gravíssimo e precisa ser investigado pela PF.