O ex-secretário de Saúde Ricardo Murad se pronunciou sobre o decreto de prisão do ex-chefe da Casa Civil João Abreu, que está sendo procurado pela polícia desde ontem, dia 24, por acusação de ter recebido R$ 3 milhões em propina do doleiro Alberto Yousseff para intermediar o pagamento de um precatório à construtora Constran.

Para Ricardo Murad, prisão de João Abreu é abusiva e um mero ato político, orquestrado pelo “desejo doentio” do governador Flávio Dino de perseguir pessoas que fizeram parte do Governo Roseana.

O próprio João Abreu já havia se pronunciando no final do mês de agosto, quando foi inciado, dizendo que a investigação da polícia “era um mero ato político”.

“Essa decretação tem como base um inquérito produzido nos porões da Secretaria de Segurança, orientado pessoalmente pelo governador Flávio Dino. Essa prisão é fruto de desejo doentio que ele tem de perseguir seus adversários políticos. Para ele, todos os que exerceram cargos no governo passado são seus inimigos e para isso aparelhou a administração estadual com esse objetivo de perseguir, criando a Secretaria da Transparência, espécie de Gestapo moderna. A prisão de João Abreu é despropositada e abusiva, típica de um estado policial de exceção como esse em que vivemos. O ex­-secretário sempre esteve à disposição em todos os momentos da investigação. É um empresário conhecido, tem residência fixa e tem reiteradas vezes afirmado que está pronto a colaborar”, disse Ricardo entrevista a O Estado.