Murilo Andrade durante reunião com servidores para explicar sobre devoluções

Uma situação bem desagradável tem acontecido com servidores administrativos lotados na Secretaria de Estado da Administração Penitenciária(Sejap). Servidores públicos administrativos estão sendo devolvidos à Secretaria de Gestão (Segep) sem qualquer comunicado ou explicação prévia.

No fim de outubro, o secretário da Sejap, Murilo Andrade, esteve reunido com servidores, durante reunião articulada pelos Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado do Maranhão (Sintsep) e dos Agentes Penitenciários (Sindpen) e, na ocasião, disse que as decisões de devolução ocorreram após após conversas com a direção das unidades prisionais e indícios de má conduta no trabalho.

Dos 600 servidores administrativos lotados na secretaria , cerca de 35 foram devolvidos. Porém, Murilo Andrade já deixou bem claro que as devoluções continuarão sim e alega que quem trabalha não tem o que temer porque ele só está remanejando quem não contribui ou mancha a imagem do sistema.

A justificativa dada pelo secretário não agradou e nem convenceu os servidores que questionam os reais motivos da atitude repentina dos gestores. Muitos apostam na ideia de perseguição como razão para o ato que não deu qualquer direito de defesa ou explicação ao servidor que foi devolvido. Eles foram simplesmente encaminhados ao RH para serem devolvidos.

“As pessoas simplesmente foram comunicadas que seriam devolvidas quando chegavam ao seu posto de trabalho. Ninguém soube dizer o motivo e se quer fomos procurados para entender o que estava acontecendo”, relatou um servidor. Outro, também vítima da devolução, indagou sobre a explicação dada pelo secretário de que seriam destinados ao seu local de origem, mas afirma que sempre foi servidor da Sejap. “Como vou para o meu local de origem se sempre fui lotada nesta secretaria?”

A situação rendeu e, ao que parece, ainda dará muita dor de cabeça ao secretário Murilo Andrade. O servidores seguem sem entender essas justificativas e ainda correndo o risco de continuarem sendo devolvidos sem qualquer explicação. Coisas que a gente só vê no “governo da mudança”.