Donald Trump é eleito Presidente dos EUA

Por Luís Pablo Política
 
Donald Trump

Donald Trump

O empresário e ex-apresentador de TV Donald Trump venceu as eleições presidenciais nos Estados Unidos realizadas nessa terça-feira (8).

Donald foi contra todas as previsões. Até as 7h30 desta quarta-feira (9), o republicano tinha 279 votos contra 218 da candidata democrata Hillary Clinton.

O resultado, que contraria a superioridade indiscutível das pesquisas de intenção de voto que indicavam que Hillary seria eleita, precisa agora ser confirmado no próximo dia 19 de dezembro, quando o colégio eleitoral formado pelos delegados deve validar a voz das urnas.

Ainda falta a apuração de quatro estados (Arizona, Michigan, New Hampshire e Minnesot), mas Hillary não consegue mais alcançar o republicano.

Os estados que foram primordiais para a vitória do republicano, foram Flórida, Carolina do Norte e Ohio, onde as pesquisas mostravam muitos indecisos e uma leve vantagem para Hillary.

A votação em Flórida surpreendeu pelo fato de o estado ter a maior proporção de eleitores latino-americanos, cerca de 2,6 milhões.

Trump será o primeiro presidente dos EUA sem uma carreira política e o mais velho já eleito.

Um comentário em “Donald Trump é eleito Presidente dos EUA”

  1. JRCAMPOS

    PORQUE DONALD TRUMP GANHOU A
    PRESIDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS

    Não sou nenhum vidente, mas desde o início, depois de ouvir as propostas do Trump, logo vislumbrei a possibilidade de ele ser eleito. Motivo: adotou o mesmo discurso de Ronald Reagan, de hegemonia e independência dos Estados Unidos.

    Lembram-se do Reagan? Era um astro de westerns, de pouca expressão, já em fim de carreira. Ao se candidar à Presidência dos USA, perdeu por duas vezes as primárias republicanas: em 1968 e 1976. Voltou a concorrer em 1980, e venceu. Mostrou experiência política, pois fora governador da Califórnia por dois mandatos, em 1966 e 1970.

    Virou um grande ícone do Partido Republicano. E, ao se candidatar em 1980, valeu-se da experiência política para montar uma equipe de gente muito bem qualificada, especialmente em opinião pública.

    Para mim, a eleição de Reagan foi o berço do marketing político-eleitoral, Sim, a equipe de Reagan pesquisou os sentimentos do povo americano, ou seja, quis fundamentar seu discurso em cima desses sentimentos. E os americanos queriam ouvir de um candidato o compromisso de fazer os USA ocupar o topo da pirâmide do poder, da hegemonia sobre o mundo inteiro e da retomada do crescimento.

    Trump só fez trilhar o caminho do Reagan, incluindo reivindicações dos americanos, da atualidade. Ou seja, sabe que a maioria dos nativos, especialmente os que não detêm curso superior, queixam-se da perda de empregos pelas levas constantes de “ilegais” que cruzam a fronteira do país pelo México,. Daí, a promessa absurda da construção de um muro para evitar o contrabando de drogas e a entrada de criminosos.

    Agora, com essa guerra insana e fratricida na Síria e as incessantes guerras tribais na África, o fluxo migratório para países com boas oportunidades de se recomeçar uma vida, os americanos se sentem ameaçados pela invasão de povos das mais diversas etnias. Estão vendo o que hoje acontece nos países europeus, com ênfase para Itália, Alemanha, França e Inglaterra.

    E, entre eles, a possibilidade da entrada de terroristas islâmicos, como já comprovado pelos serviços de contraterrorismo da Bélgica, Franca, Alemanha e Inglaterra. Daí a promessa de Trump de impedir, ou dificultar ao máximo, o ingresso de muçulmanos no país. Sim, os americanos praticamente rotulam os muçulmanos de terrositas, até porque todos do Estado Islâmico são, antes, convertidos.

    Em síntese: Trump trilhou o caminho do maior ícone do Partido Republicano, Ronald Reagan, para ganhar essa eleição. Ele conseguiu despertar o sentimento de xenofobia do povo americano: em poucos, inexistente; num bom porcentual, moderado; mas latenta na maioria.

    Como Hillary foi mais pelo caminho do diálogo e da pacificação entre os povos, com uma certa restrição ao “imperio do mal”, como Reagan chamava a Rússia, não encontrou a mesma ressonância que o Trump. Daí, o resultado inesperado pela maioria do mundo.

    JRCAMPOS, jornalista

Deixe um comentário:

Formulário de Comentários