Bomba, Bomba e Bomba! Conselheiro do TCE pode estar favorecendo antigo aliado
Na sessão do tribunal do último dia 15 de fevereiro, de forma estranha e inusitada, logo após o voto do relator, Washington pediu vistas do processo nº 4107, referente à prestação de contas de 2010 do ex-prefeito de Coroatá, Luís da Amovelar, conforme publicado no diário nº 871 do tribunal, publicado no dia 17 de fevereiro.
O processo, assim como vários outros do ex-prefeito que ainda tramitam no tribunal, tem grande tendência para condená-lo. A decisão de Washington em tirar o processo da pauta suspendendo sua tramitação por tempo indeterminado, é uma forma de ajudar o companheiro e ganhar tempo para acertar com outros conselheiros votos favoráveis ao aliado e livrá-lo de outra condenação e multas milionárias.
ALIANÇA POLÍTICA
A aliança política entre Washington e Luís da Amovelar vem desde 2006, quando o ex-prefeito de Coroatá deu 7.798 votos para Washington, fazendo dele o candidato a deputado federal mais votado da cidade. Naquela eleição, Coroatá também foi a cidade em que Washington recebeu mais votos no estado.
Em troca, Washington garantiu junto ao INCRA, a época chefiado pelo companheiro Raimundo Monteiro, também do PT, cifras milionárias para recuperação de estradas vicinais, poços artesianos, habitação rural e outras obras na cidade.
WASHINGTON E O TCE
A ida de Washington para o TCE foi um prêmio de consolação depois de uma engenhosa manobra política para sua renúncia do cargo de vice-governador em 2013.
Há apenas três anos no tribunal, o conselheiro que deveria ter uma atuação isenta, moral e ética para ajudar a punir malfeitores e corruptos, para estar utilizando-se do importante cargo para beneficiar aliados e costurar sua possível volta à política.
Cabe ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apurar rigorosamente o comportamento partidário inadequado do conselheiro e evitar o uso político do cargo.