MPF afirma que gestores da SES poderão responder criminalmente por omissão
O Ministério Público Federal (MPF) afirmou que se ficar comprovado que gestores sabiam do esquema de fraude na Secretaria de Estado da Saúde (SES) para desviar recursos públicos e não fizeram nada para impedir, poderão responder criminalmente.
O procurador da República no Maranhão, Galtiênio da Cruz Paulino, que integra a equipe de investigação da Operação Pegadores da Polícia Federal, disse que “serão tomadas as providências no âmbito da investigação e provavelmente um possível ajuizamento de uma ação penal” para quem omitiu informações do esquema na SES.
Galtiênio da Cruz falou ainda que, com o cumprimento dos mandados e as coletas dos documentos apreendidos, bem como a oitiva das pessoas, “provavelmente há a possibilidade da participação de outras pessoas no desvio desses recursos.”
Em uma interceptação telefônica, a PF descobriu que o secretário de Saúde, advogado Carlos Lula, tomou conhecimento do ‘esquemão’ que estava ocorrendo na pasta.
Um dos donos do ICN, o médico Benedito, informou para Lula a existência da “folha extra” que servia para pagar pessoas ‘privilegiadas’.
A investigação da 5° fase da “Operação Sermãos aos Peixes” continua em andamento. E, ao que indica, novas prisões devem ser decretadas.