Operador revela em carta-bomba esquema milionário de Pacheco na Saúde
O homem apontado como operador da saúde pública do Maranhão no governo Flávio Dino, médico Mariano de Castro Silva, revelou em sua carta-bomba – divulgada com exclusividade pelo Blog do Neto Ferreira – que o ex-secretário de Estado da Saúde, médico Marcos Pacheco se envolveu num esquema milionário na SES.
Segundo Mariano, o ex-secretário aumentou em mais de R$ 2 milhões um contrato com o IDAC (Instituto de Desenvolvimento e Apoio a Cidadania) “sem passar pela rede e sem explicação plausível.” O contrato de R$ 6,5 milhões passou para R$ 8,5 milhões.
O operador cita também no esquema milionário envolvendo o ex-secretário Pacheco, a ex-secretária adjunta de Finanças, Claudete Veiga, e a ex-secretária adjunta de Rede da Saúde, Ana Lúcia Nunes.
“O IDAC fez um contrato de maio a junho de 2015 – incluindo vários serviços extras nos hospitais: Aquiles Lisboa, Carutapera, Barreirinhas e Paulino Neves… no valor de R$ 6.500.000 [supostamente o valor de seis milhões e meio de reais referente aos três hospitais] já com os serviços extras, serviços estes justados em um plano e uma tabela por Luís Marques [mais conhecido com Luís Júnior – então superintendente da Rede de Saúde que foi preso na Operação Pegadores], Luís Henrique e Laércio… não participei desta confecção. Depois este contrato foi renovado por três meses… já tinha até 500 mil para Stents. E em novembro de 2015 com o mesmo objeto o contrato foi renovado por 8.5000.000,000 [oito milhões e meio de reais] – já tinha possibilidade de pagar tudo que tinha no plano e contrato do IDAC por aquele valor de 6.5000.000,00 [seis milhões e meio de reais] – agora com um contrato de 8.500.000,00 [oito milhões e meio de reais] sem passar pela rede e sem explicação plausível… questionei Marcos Pacheco, Ana Lúcia e Claudete,” diz o médico Mariano em um trecho da carta.
Marcos Pacheco foi exonerado do governo meses depois da assinatura desse contrato com o IDAC, em abril de 2016. Ele foi surpreendido quando soube da demissão porque estava numa reunião com membros do Banco Mundial, no próprio Palácio dos Leões, tratando de empréstimos para a área da saúde. Relembre aqui.
Para não sair humilhado, o governador Flávio Dino abrigou Pacheco no cargo de secretário extraordinário de Articulação de Políticas Públicas.