Médico e PM estupra técnica de enfermagem em hospital de São Luís

Por Luís Pablo Política
 

Capitão Allan Xavier Dias

Um policial militar identificado como capitão Allan Xavier Dias, de 35 anos, foi preso na madrugada desse domingo (10) por estuprar uma técnica de enfermagem no hospital Genésio Rego, localizado na Vila Palmeira. O oficial também é médico e trabalha na unidade de saúde.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, durante o horário de repouso do plantão médico, o policial teve relação sexual com a vítima, sem o consentimento da mesma. A vítima informou na delegacia que acordou com o médico em cima dela e sem a roupa de baixo. Nesse momento, o policial consumou o ato.

A vítima conseguiu sair correndo depois aos prantos, e avisou o que tinha acontecido à enfermeira de plantão. Posteriormente, foi à Casa da Mulher Brasileira, no Jaracaty, onde registrou a violência sexual.

A Polícia Militar foi acionada e efetuou a prisão do policial ainda no hospital. Ele foi encaminhado à Casa da Mulher Brasileira, onde foi autuado em flagrante e em seguida encaminhado ao presídio do Comando Geral da Polícia Militar, onde permanece detido à disposição da justiça.

O policial é lotado no Centro De Formação e Aperfeiçoamento De Praças da Polícia Militar (CFAP). De acordo com relatos de testemunhas, o policial teria assediado outras mulheres antes de cometer o crime.

 

 

Um comentário em “Médico e PM estupra técnica de enfermagem em hospital de São Luís”

  1. Arianne Alves

    A cada 11 minutos uma mulher é violentada sexualmente e apenas 1 a cada 100 agressores são punidos. Isso reflete bem como a justiça brasileira não funciona e como a falta de uma punição exemplar perpetua a cultura de estupro no país. Esse sujeito que cometeu estupro, foi encaminhado para o Comando da polícia militar.. sei que faz parte de um regimento, mas sinceramente! ele foi pego em flagrante no local de trabalho e exercendo a outra profissão. Pq não foi enquadrado logo pela justiça comum? O fato dele ser capitão não altera que ele cometeu o crime e tem que ser condenado como qualquer um que comete tal absurdo. Até pq não é de hoje que policiais cometem esse tipo de violência e que muitas vezes é silenciado dentro dos quartéis. Será que se esse crime tivesse sido no ambiente militar ele teria sido atuado em flagrante? ou eles iriam abafar como tantas vezes já foi feito.

    As mulheres têm que conviver com medo de sair sozinha, medo de usar a roupa que quiser, medo de socializar normalmente (sem o cara achar que pode dar em cima dela), medo de trabalhar em um ambiente estritamente masculino, medo de se consultar com um médicO, medo de ser assassinada pelo parceiro que não aceita o fim do relacionamento, além de TODOS os outros medos de apenas ter nascido MULHER. Até quando isso vai acontecer?

    Espero e torço para que ele seja condenado, perca a farda e o direito de exercer a medicina. Que ele saia logo da proteção das celas do comando geral e seja enquadrado na comum.
    (e ainda tem a questão de no Brasil essas questões só vão adiante se tiver apelo da mídia) enfim, é isso.

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