Flagrado com caixa de dinheiro pela PF, Josimar de Maranhãozinho declara quase R$ 1 milhão em espécie à Justiça Eleitoral

Por Luís Pablo Política
 
Câmera da PF flagrou Josimar com dinheiro em caixa

Câmera da PF flagrou Josimar com dinheiro em caixa

Flagrado em uma ação controlada da Polícia Federal manuseando uma caixa de dinheiro em seu escritório à época da eleição de 2020, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) apresentou à Justiça Eleitoral uma declaração de bens informando que possui quase R$ 1 milhão em espécie.

Segundo o parlamentar, seu patrimônio está avaliado em R$ 25.406.802,39. Desse total, R$ 920 mil são dinheiro vivo. Em 2018, os bens do deputado totalizavam R$ 14.591.074,31.

Segundo a investigação, o dinheiro manuseado em caixas pelo deputado seria fruto de corrupção. Esta investigação apura supostos desvios de emendas parlamentares destinadas à saúde no Maranhão.

No relatório sobre o suposto esquema de fraude em obras em Zé Doca, a Polícia Federal concluiu que o parlamentar e familiares cometeram crimes como falsidade ideológica, peculato, corrupção, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Investigação

A investigação corre sob sigilo no STF e atinge a prefeita Josinha Cunha, que é irmã de Maranhãozinho.

O relatório aponta que o deputado atuou para garantir a liberação de recursos junto ao governo federal para execução de obras na prefeitura comandada por sua irmã, no entanto, nenhum projeto foi realizado na cidade.

Os recursos do convênio ficaram travados por cerca de dois anos, dizem os investigadores, e só foram liberados após gestão do deputado, em 2020, junto a aliados, como interlocutores no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que é ligado ao Ministério da Agricultura.

Os recursos foram liberados por meio de um convênio do Ministério da Agricultura. Entre agosto de 2020 e março de 2021, a pasta realizou transferências para a prefeitura que somam R$ 1,8 milhão.

As investigações apontaram que a empresa contratada para as obras não possui empregados e comprou pouco insumo para a realização da obra. Foram identificadas ainda transações entre a empresa responsável pela obra e outras duas que tinham ligações com Maranhãozinho.

(Com informações do Imirante)

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