Estadão Em sua defesa prévia, protocolada na noite de terça-feira (1), o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) incluiu em seu rol de testemunhas de defesa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente Michel Temer. Também foram citados Henrique Alves (PMDBRN), ex-ministro do Turismo, o ex-senador Delcídio do Amaral, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e mais 17 pessoas. Apesar do chamado, o comparecimento dos citados não é certo. Primeiro, o juiz precisa avaliar a pertinência da convocação. Se a intimação da testemunha for deferida pelo magistrado, ela será obrigada a comparecer. De acordo com o artigo 206 do Código de Processo Penal, a testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Cunha é réu na Lava Jato sob as acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele foi preso preventivamente no último dia 19, sob ordens do juiz federal Sergio Moro, que passou a tratar do caso do ex-parlamentar depois que ele perdeu o foro privilegiado com a cassação de seu mandato. Na defesa prévia, os advogados do ex-deputado não explicam os motivos para chamar Temer e Lula nem fazem nenhuma outra menção a eles. A defesa cita apenas a “imprescindibilidade” de ouvir essas pessoas e afirma que a quantidade de testemunhas se justifica pelo número “de fatos imputados” ao réu.
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