Empresário Fernando Sarney
Já era de se esperar. A bomba que estourou sobre a ligação do assessor do Governo Roseana, Milton Braga Durans, ex-motorista do ex-chefe da Casa Civil, João Abreu, com o doleiro Alberto Yousseff tem as digitas do empresário Fernando Sarney no caso.A Folha de S. Paulo explodiu mais uma bomba sobre este caso, numa reportagem divulgada hoje.
O corretor Marco Antônio de Campos Ziegert, que acompanhava Alberto Youssef em São Luís-MA no dia em que o doleiro foi preso, disse que teve como padrinho de casamento o empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney.
No relatório da Polícia Federal consta que Ziegert deixou na recepção do Hotel Luzeiros, no qual se hospedou com Youssef na capital maranhense, uma caixa endereçada ao assessor-motorista Milton Braga Durans.
Ziegert afirmou a reportagem da Folha que sua (agora) ex-mulher, Liane, é do Maranhão e conviveu na juventude com Fernando Sarney. “Eles tinham amizade na época de colégio. Fernando foi padrinho da parte dela porque estudaram juntos, só isso. Nada mais do que isso”, disse.
Procurado pela Folha de S. Paulo, o empresário Fernando Sarney confirmou a amizade de infância com Liane, mas disse que nunca estudaram juntos – se contradizendo o que Ziegert havia dito.
Doleiro Alberto Youssef
Fernando afirmou que conheceu o corretor Ziegert na juventude por meio da antiga amiga, Liane. “Há muitos anos que eu não vejo o Marco Ziegert, há mais de 15, 20 anos”.Sobre ter sido padrinho de casamento do corretor, o filho de Sarney disse: “Sabe que não me lembro? Eu acho que não. Eu não me lembro, não. Faz muitos anos, eu acho que não fui padrinho, não. Eu não sei te afirmar”.
De acordo com o relatório da PF, Ziegert e Youssef chegaram juntos no Hotel Luzeiros, onde o doleiro foi preso no dia 17 de março, na Operação Lava Jato.
O relatório mostra que o acompanhante do doleiro deixou uma caixa na recepção endereçada a Milton Braga Durans. Segundo Ziegert, foi Youssef quem pediu para que a caixa fosse deixada na recepção para o assessor-motorista da Casa Civil do Maranhão.
Perguntado para quem ele deveria entregar a caixa, respondeu: “Para ninguém, não. Não sei para quem era. Ele mandou eu deixar no nome dessa pessoa”.
(As informações são da Folha, com edição deste blog)