Governador Flávio Dino e a ex-assessora Simone Limeira. Ambos do PCdoB
Já se passaram quase dois meses desde que a assessora especial do governador Flávio Dino (PCdoB), Simone Limeira (PCdoB), foi denunciada por ter recebido R$ 8 mil para liberar o pagamento de transporte escolar indígena, mas até agora nada foi esclarecido.
Na ocasião, conversas através do WhatsApp e comprovantes de transferências bancárias, entre o líder indígena Uirauchene Alves Soares e a assessora comunista, foram revelados e trouxeram à tona todo o esquema de propina que estaria acontecendo .Reveja aqui.
A assessora resolveu se afastar do cargo e emitiu inclusive nota repudiando a armação que estaria sendo feita na tentativa de atingir ela e o governo.
Em trecho da nota, Simone diz que “pedi meu afastamento da Assessoria Especial para provar em todas as instâncias que forem necessárias a minha total inocência“, porém ainda não mostrou qualquer prova de que os fatos apresentados pelo líder indígena Uirauchene tenha sido armação.
Vale ressaltar que mesmo após toda a repercussão do caso e as graves denúncias que foram divulgadas por toda imprensa, ninguém do Ministério Público se posicionou e tampouco investigou o caso.
A Secretaria de Transparência criada justamente para sanar as irregularidades, mas que só tem servido para investigar e perseguir os adversários políticos do governo, também permaneceu inerte.
Ao que tudo indica, será mais um dos muitos casos que têm acontecido no “governo da mudança” e que não será devidamente esclarecido.
Abaixo veja a nota que foi divulgada na época pela assessora
Venho por meio deste e em respeito ao povo de Grajaú, do Maranhão, aos meus colegas de partido e de governo, e da sociedade em geral, prestar os seguintes esclarecimentos acerca de denúncia contra mim veiculada em blogs e jornais a partir de declarações dadas pelo Sr Uirauchene Alves Soares. Antes de tornar esta nota pública, informo ter procurado pessoalmente a Assessoria Especial do Governo para prestar estes esclarecimentos e as providências que estou adotando.
Em primeiro lugar afirmo que o depósito feito em minha conta no último dia 17 de julho se trata de armação para atingir a mim e o governo. Jamais solicitei tal depósito ao Sr. Uirauchene nem com ele tratei em momento algum de assunto desse tipo. Só fiquei sabendo do depósito pelos blogs ontem à noite e hoje fiz o estorno do valor indevidamente depositado.
Quanto ao outro depósito, esclareço que no início do ano o Sr Uirauchene colaborou como patrocinador com recursos para a organização de atividades do carnaval em Grajaú, do mesmo modo que fizeram outras pessoas, incluindo amigos empresários da cidade.
Ao esclarecer estes fatos repudio com muita indignação tamanha e tão covarde armação contra mim, que sempre atuei em apoio as comunidades indígenas de Grajaú. Jamais, repito, atuaria de uma forma que tanto condeno e nem trairia a confiança dos que acreditam em mim.
É sabido que eu, na qualidade de assessora especial do Governo do Maranhão, tenho buscado mediar soluções sobre as demandas indígenas em geral e não somente a questão de transporte escolar indígena. Ressaltando que eu não tenho poder decisório para essa questão, sendo a Secretaria de Educação responsável por tratar deste assunto em específico. Jamais procurei a Secretaria de Educação para requerer pagamentos de quem quer seja.
Tenho minha consciência tranquila e estou tomando as providências cabíveis. Certa da minha inocência, mas sabedora de que se trata de armação grosseira para atingir o governo, informo que hoje, após reunião citada em que prestei esclarecimentos, pedi meu afastamento da Assessoria Especial para provar em todas as instâncias que forem necessárias a minha total inocência.
Tenho uma vida limpa e uma atuação política ética, o que aumenta a minha indignação e sentimento de busca da verdade e da justiça.
Simone Gauret Serafim Lima Limeira