Dúvidas em depoimentos na CPI do Bom Peixe podem levar a acareação
Durante a realização do seu segundo dia para a realização de oitivas da CPI do Bom Peixe, nesta quinta-feira (13), quando já ficaram configuradas algumas dúvidas em depoimentos de algumas testemunhas, começou a ser colocado como possibilidade a ocorrência de acareações entre os autores das declarações duvidosas.
As principais dúvidas que levantaram a hipótese de fazer acareação foram centradas nos depoimentos de Aurélio Ribeiro Oliveira (elaborador do projeto técnico do Programa Bom Peixe e administrador e servidor da Semapa), prestado na última sexta-feira, (7), e de Lourival Silva Santos, sócio proprietário da empresa Pacific, que se apresentou nesta quinta-feira.Enquanto o funcionário da Semapa declarou que eram adquiridos em média 500 Kg de pescado para cada evento do Programa Bom Peixe, o proprietário da Pacific disse que fornecia 3.500 Kg do produto. Outra dúvida apresentada prende-se a ser checado quem tem crédito com quem. Aurélio Oliveira falou no seu depoimento que a prefeitura tem R$ 440 mil para receber de mercadoria do fornecedor, e Lourival Santos afirma que é a prefeitura quem ainda lhe deve R$ 933 mil.
Diante da evidência dessas duas dúvidas entre outros assuntos debatidos foi que surgiu a possibilidade da realização de uma acareação com as duas testemunhas, defendida pela maioria dos vereadores presentes, o que será levado para uma discussão interna entre os membros da CPI, que irá acontecer na próxima segunda-feira.
“Nós temos que agir com equilíbrio e sensatez para tomarmos decisões como essa, e colocaremos em debate na nossa próxima reunião”, enfatizou o presidente da comissão, vereador Pedro Lucas (PTB), que nesta quinta-feira contou ainda com a presença dos membros Francisco Chaguinhas (PRP), Francisco Carvalho (PSL), Estevão Aragão (PPS) e Edmilson Jansen (PTC). Já a vereadora Rose Sales (PCdoB) justificou sua ausência por estar participando da Semana Nacional de Promoção da Mulher, em Brasília.
Indagado se poderia comprovar seu depoimento sobre o fornecimento do pescado, Lourival Santos argumentou que fazia o seu controle quando o caminhão iria receber a mercadoria. No tocante se tinha conhecimento que havia doação do excedente por parte dos executores do programa, o dono da Pacific respondeu que lhe cabia somente entregar o produto, e o que acontecia depois não era de sua competência.