O viciado e a sua ilusão

Por Luís Pablo Política
 

Da internet

O viciado é um pobre coitado

Que vive só de ilusão

Na esperança de mais um pacau

Pensando que é a solução.

O tempo vai-se passando

E tudo na vida mudando

Perdendo parentes e amigos

Todos vão se afastando

E de repente ele acorda

E vê que tudo era imaginação

Que a melhor coisa da vida

É ter Jesus no coração.

Por isso meu irmão,

não esqueça desta lição,

Quando alguém lhe oferecer

Diga logo não

Pois este tipo de gente

Não pode ter alma e coração

Porque a única coisa que eles pensam

É ter uma linda mansão

E quanto ao ser humano

A sua destruição.

Cantora Amy Winehouse

Assaltantes invadem casa no Calhau, mas acabam presos

Por Luís Pablo Cidade
 

Três assaltantes foram presos, na tarde deste domingo (24), durante operação da Polícia Militar. O trio invadiu a casa de um engenheiro, que não teve o nome revelado, na avenida dos Sambaquis, no Calhau.

Eles levaram uma bolsa com cédulas de euro e objetos pessoais, entre os quais, notebook e celulares. Ao perceber a presença dos bandidos dentro de casa, o filho do engenheiro conseguiu chegar ao Quartel da PM, no bairro do Calhau, e denunciar os criminosos.

Políciais militares fizeram um cerco no local e conseguiram prender um dos assaltantes (na foto). Mais tarde os outros dois foram detidos. Todos os materiais roubados foram localizados e entregues ao verdadeiro dono.

Os assaltantes conduzidos para uma delegacia da cidade. Eles foram autuados em flagrante por crime de roubo, formação de quadrilha e porte ilegal de armas. (Com informações do Imirante).

Cemitérios públicos de São Luís não têm mais vagas

Por Luís Pablo Cidade
 

Portal IG

Cemitério do Gavião

Levantamento feito pela administradora dos cemitérios públicos de São Luís aponta que não existem mais vagas para a construção de novos túmulos públicos. Pela falta de vagas nos cemitérios mantidos pelo Estado na capital maranhense, algumas famílias têm de enterrar seus parentes nos túmulos de outros familiares ou pagar cerca de R$ 3,5 mil por um espaço em um cemitério privado.

Hoje, existem 52,3 mil vagas em nove cemitérios públicos. Todas já foram preenchidas. Em vários casos, um mesmo túmulo acumula três, quatro ou mais pessoas. Existem casos em que até 12 pessoas estão enterradas em um mesmo lugar.

O problema obrigou a empresa Centurion, administradora dos cemitérios de São Luis, a fazer um levantamento de quantos túmulos foram abandonados na capital maranhense. Estima-se que pelo menos 6 mil espaços estejam abandonados. A ideia da Centurion é desapropriar esses locais abandonados para que outras pessoas possam ocupá-los. Uma lei sancionada pelo prefeito João Castelo (PSDB), no ano passado, dá esse direito à Centurion no caso dos túmulos abandonados há mais de dez anos.

As famílias de baixa renda vivem hoje uma verdadeira peregrinação em busca de um local para enterrar sues parentes. A professora Rita Maria da Silva, moradora do bairro Sá Viana, na periferia de São Luís, é um exemplo. Ela percorreu dois dos nove cemitérios públicos da capital maranhense em busca deu uma vaga para seu irmão falecido e não conseguiu. “Tiver que enterrá-lo em um cemitério comunitário”, disse a professora. A prefeitura de São Luís já iniciou um projeto para compra de novas áreas visando ampliar o número de vagas nos cemitérios públicos de São Luís.

Faxina nos Transportes ‘não tem limite’, afirma Dilma

Por Luís Pablo Brasil
 

Do Josias de Souza

Presidente Dilma Rousseff

A bandalheira dos Transportes parece ter destravado a língua de Dilma Rousseff. Nas últimas horas, ela se tornou loquaz.

Manteve dois contatos com jornalistas. Num, recebeu no Planalto cinco repórteres de veículos impressos. Aqui, o resumo produzido por Fernando Rodrigues.

Noutro, Dilma sentou-se à mesa do jantar, no Alvorada, com o repórter Jorge Bastos Moreno, cujo texto pode ser lido aqui.

Nas duas entrevistas, Dilma referiu-se à encrenca ético-propineira de forma semelhante. Mas houve diferenças sutis.

No pedaço em que soou uniforme, a presidente deixou claro que vai mesmo passar o rodo, como se diz, nos quadros do Minitério dos Transportes.

“Sairão todos os integrantes do Dnit e da Valec”, disse ela na conversa mais ampla, com cinco repórteres.

“A ‘faxina’ não tem essa coisa de limite”, declarou no repasto com Moreno. “O limite é mudar o Ministério dos Transportes”.

No diálogo do Planalto, Dilma rejeitara o vocábulo “faxina”. Dissera preferir a expressão “afastar para apurar.”

A hipótese do afastamento temporário, esclareceu, revelou-se inviável. Para certos cargos, não existe a “figura jurídica do afastamento.”

No Alvorada, além de incorporar a palavra “faxina” à resposta, Dilma não se preocupou com a eventual inocência dos 16 nomes já passados na lâmina.

“A ação é sobre pessoas que agiram de forma errada, e nem todas essas pessoas são de um mesmo partido. Isso precisa ser esclarecido”.

O realce ao alegado apartidarismo do cadafalso dos Transportes frequentou os lábios de Dilma nas duas conversas.

As demissões ocorrem “independentes” dos “endereços partidários”, disse no Planalto.

De novo, disse que a guilhotina não significa “análise de valor” sobre os que tiveram as cabeças apartadas do pescoço.

Na mesa do Alvorada, compartilhada também pelas ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Helena Chagas (Comunicação Social), Dilma declarou:

“É bom que todos saibam que não estamos agindo politicamente contra um partido”. Pareceu decidida a reconstituir as pontes com o PR.

“Não se pode demonizar a política”, enfatizara na outra entrevista. No esforço para atingir a pretensa neutralidade, mencionara a oposição:

“Pelo fato que é do PT não significa que esteja certo. Pelo fato de ser da oposição não significa que esteja errado”.

Moreno, a propósito, levou FHC à mesa de refeições do Alvorada: “Eu soube que o Lula cobra muito da senhora esta sua amizade com FH…”

E Dilma: “Não é verdade! Isso não é verdade! O presidente Lula nunca tratou desse tema comigo, nem em brincadeira!”

O repórter insistiu: “Diretamente, não. Mas ele já se queixou para terceiros na sua frente…”

Em timbre bem humorado, a presidente entregou os pontos: “Meu Deus! Como esse Sérgio Cabral é fofoqueiro! Ah, ele me paga! Pode escrever, ele me paga!”

Em seguida, Dilma derreteu-se: “Realmente, o presidente Fernando Henrique é uma pessoa muito civilizada, muito gentil. É uma conversa muito agradável…”

“…Tem gente que fica estarrecida com essa convivência, já que temos pensamentos políticos diferentes. Exatamente por isso é que as pessoas devem converser…”.

“…O governante, o político, não pode ficar limitado ao pensamento do seu grupo. Eu defendo a convivência dos contrários…”

“…Há pessoas muito agradáveis e inteligentes no governo e na oposição. Acho que, não só pelo prazer da boa prosa, mas, como presidente da República, tenho o dever de conversar com os diversos pensamentos da sociedade…”

“…Eu não sou presidente de um partido ou de uma coligação partidária, eu sou presidente da República”.

Moreno emendou: “Mas o PT não fica com ciúmes do FHC?” Dilma não se deu por achada: “O PT já tá bem grandinho para não ter ciúmes de ninguém. Ciúme é um sentimento juvenil, eu acho”.

Penguntou-se também a Dilma se ela acha que a decisão de virar a pasta dos Transportes de ponta-cabeça agradou Lula.

A pupila do ex-soberano, sob cuja gestão foi nomeada a maioria dos personagens afastados agora, soou despreocupada:

“Olha, a responsabilidade é tão grande que a gente não pensa em agradar ou desagradar. A gente só pensa em tomar a decisão mais justa, mais correta…”

“…A responsabilidade é do presidente da República perante a nação. A responsabilidade do presidente da é intransferível. Não dá para pensar em ninguém”.

Aos pouquinhos, como se vê, Dilma vai impondo o seu estilo. Embora ela tenha se esquivado de admitir, Lula, com seu estilo acomodatício, não é vocacionado para o manuseio de guilhotinas.

Brasil fica fora de acordo para genéricos de remédios anti-HIV

Por Luís Pablo Brasil
 

Da Folha.com

O Brasil foi excluído do primeiro acordo assinado entre uma farmacêutica privada e o Pool de Patentes de Medicamentos.

O contrato autoriza a produção e a comercialização de genéricos de remédios contra a Aids, o que possibilita que seus preços caiam.

O pool é uma fundação autônoma financiada pela Unitaid, organismo criado há cinco anos com apoio do Brasil para facilitar o tratamento contra o vírus HIV, a malária e a tuberculose, principalmente em países pobres. Cada um dos 29 países doadores contribui de uma forma para o fundo.

No Brasil, uma lei recém-aprovada autoriza o governo a doar US$ 2 à Unitaid por passageiro que embarque para o exterior (US$ 12 milhões por ano). Por impedimento legal, o país não cobrará a taxa dos viajantes, como fez a França, por exemplo.

O acordo entre o pool e a americana Gilead autoriza fabricantes indianos a produzir genéricos de três drogas anti-Aids e de uma combinação dos três. A empresa receberá royalties de 3% a 5% das vendas.

O número de países com acesso a esses genéricos vai de 99 a 111, dependendo da substância. Além do Brasil, ficaram de fora China, México, o norte da África e quase todos os sul-americanos, exceto Bolívia e Equador.

A maioria dos excluídos está no grupo que o Banco Mundial classifica como de “renda média alta”, com renda per capita entre US$ 3.976 e US$ 12.275 anuais.

Para ter acesso aos genéricos, eles deverão negociar preços com a empresa ou fazer o licenciamento compulsório, previsto pela Organização Mundial do Comércio.

CRÍTICAS

A exclusão foi criticada por grupos que lidam com acesso à saúde. Segundo eles, foram contrariados dois princípios do pool: que todos os países em desenvolvimento sejam beneficiados e que não exista restrição não técnica à fabricação.

“Fabricantes da Tailândia e do Brasil, que têm capacidade de produzir, foram deixados de fora. O acordo dificulta a redução de preços via concorrência ao limitar a fabricação a um país, a Índia”, disse a ONG Médicos sem Fronteiras.

Um manifesto de 70 entidades latino-americanas, incluindo a Abia (Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids), qualificou o contrato de “frustrante”.

O sanitarista Paulo Roberto Teixeira, do conselho administrativo do pool, diz que está “ciente das limitações do acordo”, mas o defende: “Ele cobre mais de 80% da epidemia”, afirma.

Ele lembra que o pool é só um dos mecanismos da campanha de acesso às drogas. “O acordo não interfere no direito de outros países de adotar salvaguardas para a produção de genéricos”.

Teixeira afirma que o contrato deixa aberta a possibilidade de que mais países ou consórcios de países beneficiados consigam permissão para fabricar genéricos dos remédios da Gilead, ao lado da Índia.

LABORÁTÓRIO PRIVILEGIA POBRES

A Gilead disse que privilegia “países com as maiores necessidades e onde vive o maior número de pessoas com HIV” nos acordos para a produção de genéricos de remédios dos quais detém patente.

O laboratório afirma que esse não é o caso do Brasil: “Temos um programa de preços que leva em conta a prevalência do HIV e a renda per capita. Consideramos o Brasil um país de renda média e não o incluímos na lista coberta por nossos acordos de licenciamento com o mundo em desenvolvimento.”

Um dos antirretrovirais incluídos no acordo, o tenofovir, já é fabricado no Brasil, que não reconheceu o monopólio da empresa. O país gasta R$ 846 milhões ao ano com remédios anti-HIV. Das 20 drogas, dez são importadas.

Polícia diz ainda não saber o que causou morte de Winehouse

Por Luís Pablo Política
 

Do G1

Cantora Amy Winehouse

A polícia britânica avaliou que as especulações sobre as circunstâncias da morte da cantora Amy Winehouse neste sábado (23) são “inadequadas”.

A declaração é uma resposta a veículos de imprensa que disseram que a morte da artista britânica – conhecida pelo abuso de drogas e bebidas – foi provocada por uma overdose.

Em um comunicado, a Polícia Metropolitana de Londres destacou que a necrópisa ainda não ocorreu e que “a investigação sobre as circunstâncias da morte prosseguem”.

O superintendente Raj Kohli disse estar “ciente das informações que sugerem que sua morte é consequência de uma overdose de droga, mas quero destacar que a autópsia ainda não foi realizada e que é impróprio especular sobre a causa do falecimento.”

A confirmação sobre a morte de Winehouse foi feita nesta manhã [horário de Brasília] por um porta-voz da Polícia Metropolitana.

“A polícia foi chamada pelo serviço de emergência de Londres para o endereço na Camden Square pouco depois das 16h05 de hoje [horário local], sábado, 23 de julho, seguindo relatos de que uma mulher foi achada desacordada”, dizia a primeira nota divulgada pela polícia de Londres.

Segundo o texto, a cantora, de 27 anos, foi declarada morta ainda no local. As investigações, também segundo a nota, estariam em “estágio inicial” e a morte estaria “sendo tratada como não esclarecida.”

O site especializado em celebridades TMZ divulgou que uma necrópsia no corpo da cantora seria realizada neste domingo. A publicação disse ainda que o pai da cantora, que estava em Nova York, estaria retornando a Londres. Leia mais no portal do G1.

Parabéns pela formatura…

Por Luís Pablo Blog
 

Bianca Oliveira

Uma noite de muita alegria e paz, marcou, nesta sexta-feira (22), a festa no Espaço Renascença dos formandos do curso de enfermagem do UNICEUMA (campus I).

O blog abre espaço para dá os parabéns para nova profissional de enfermagem Bianca Lima Oliveira, de 21 anos, que se dedicou obtendo êxito.

A formanda que estava acompanhada de familiares e amigos, se emocionou com o sonho e esforço de cada dia sendo realizado

O titular do blog deseja sucesso nessa nova jornada e espera que esta vitória seja o início de muitas outras conquistas.

Meus parabéns!

Defensoria Pública do Estado do Maranhão realizará concurso

Por Luís Pablo Maranhão
 

Defensoria Pública do Maranhão

Estudantes do curso de Direito que estejam matriculados entre o 3º ou 5º período, podem concorrer a uma vaga no Processo Seletivo que será realizado pela Defensoria Pública do Estado do Maranhão.

Estão disponíveis seis vagas imediatas, mais formação de cadastro reserva. Portadores de necessidades especiais terão reserva de 5% das vagas.

Poderão inscrever-se no certame os acadêmicos regularmente matriculados em Instituições de Ensino Oficiais ou Reconhecidas situadas nesta capital e conveniadas com a Defensoria Pública do Estado do Maranhão, quais sejam: CEST, FACAM, FACULDADE SÃO LUÍS, UFMA, UNDB e UNICEUMA.

Aqueles que forem selecionados exercerão suas atividades na Central de Relacionamento com o Cidadão da Defensoria Pública do Estado do Maranhão – CRC, que funcionará na sede da DPE – MA, sob orientação da Subdefensoria Pública Geral.

O estágio terá a duração de um ano, contado a partir da data de assinatura do termo de compromisso, prorrogável por igual período, até o máximo de dois. Este terá carga horária de 20h semanais, sendo no turno matutino, das 9h às 13h e no vespertino, das 13h às 17h. A bolsa auxílio oferecida é de R$ 585.

Para efetuar a inscrição, o interessado deverá preencher formulário próprio, disponível no endereço eletrônico www.dpe.ma.gov.br e imprimi-lo e entrega-lo pessoalmente, junto com a fotocópia dos documentos que comprovem os requisitos exigidos, além do histórico escolar atualizado, emitido pela Instituição de Ensino Superior, no período de 25 a 27 de julho, na sede da Defensoria Pública do Estado do Maranhão-DPE – MA situada na Rua da Estrela, 421, 1º andar, Sala da Coordenação de Estágio – Praia Grande/Projeto Reviver, São Luís – MA, das 8h às 16h.

A Seleção constará de avaliação do histórico escolar e prova escrita, com data prevista de realização em 7 de agosto.

É de um ano o prazo de validade do presente Processo Seletivo, prorrogável por igual período, contado da publicação do resultado final. (Do Imparcial)

Obra da Via Expressa cria polêmica entre Crea e Sinfra

Por Luís Pablo Cidade
 

O Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia do Estado do Maranhão (Crea-MA) divulgou informação de que as obras da Via Expressa, em São Luís, não teriam as Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) obrigatórias, em cinco projetos referentes à sua construção. A Secretaria de Estado de Infraestrutura, no entanto, rebate a informação, afirmando que uma só ART, que faz referência ao contrato, engloba a responsabilidade por todos os cinco projetos citados pelo Crea.

São eles: Projeto Geométrico, Projeto de Drenagem, Projeto de Obras Complementares, Projeto de Sinalização e Projeto de Obras Especiais.

Para o Crea-MA, há “a necessidade de apresentação da documentação para que a obra da Via Expressa esteja de acordo com a Lei, tendo em vista a complexidade na execução da mesma, evitando futuros transtornos à sociedade e desconforto para com órgãos responsáveis pela obra”. As informações foram divulgadas pelo presidente do conselho, Raymundo Portelada.

Um ofício sobre a ausência das ARTs foi, segundo o Crea, enviado à Sinfra, ao Ministério Público da União (MPU), Ministério Público do Estado do Maranhão (MP), Tribunal de Contas da União (TCU) e Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE).

Regular e legal – Já o secretário de Infraestrutura, Max Barros, afirmou que a discussão levantada por Raymundo Portelada é para “fazer política barata”. Ele explicou que na ART para execução dos projetos, feita pela empresa Rodoconsult LTDA, todas as ARTs dos cinco projetos citados estão inclusas. “A ART feita pela empresa faz referência ao contrato assinado com a Sinfra. Lá, no contrato, estão discriminados todos estes projetos citados por ele. A rigor, não há necessidade de ARTs isoladas. Eu, como engenheiro, só tenho a lamentar a postura do presidente da entidade”, declarou Max Barros. (Do Imirante)

'Sairão todos' no comando do Dnit e da Valec, afirma Dilma

Por Luís Pablo Brasil
 

Da Folha.com

Crise nos transportes – “Sairão todos os integrantes do Dnit e da Valec”, disse nesta sexta-feira (22) a presidente Dilma Rousseff, referindo-se aos dirigentes que comandam essas duas instituições.

O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes) e a Valec, estatal do setor de ferrovias, estão no centro da crise provocada por suspeitas de corrupção que derrubou toda a cúpula no Ministério dos Transportes neste mês.

Presidente Dilma Rousseff

O Dnit tem seis diretores. A Valec, três. A presidente afirmou que as demissões ocorrerão “independentes” dos “endereços partidários” de cada um. Ou seja, não haverá proteção de algum diretor por causa de uma indicação política. Mas Dilma fez uma ressalva: “Não tem uma análise de valor sobre eles.”

A ideia de Dilma é fazer uma reestruturação do setor de transportes. Daí disse ter entendido ser necessário trocar todos os diretores do Dnit e da Valec. A informação foi dada ontem durante uma conversa no Palácio do Planalto com repórteres de cinco publicações da mídia impressa, incluindo a Folha. O encontro com os jornalistas durou cerca de uma hora e meia. Não foi permitido tirar fotos nem gravar, mas apenas tomar notas por escrito.

Os nomes de novos diretores de órgãos públicos que dependem de aprovação do Senado serão enviados para o Congresso na primeira semana de agosto, quando termina o recesso do Poder Legislativo.

Dilma disse ser errado usar a palavra “faxina” para descrever o que se passa no setor público de transportes. Afirmou que o ideal seria apenas “afastar para apurar” uma parte dos que estão sendo demitidos. Essa opção foi inviável pois não há a “figura jurídica do afastamento” para determinados cargos públicos.

Apesar de estar promovendo todas as mudanças, na conversa de ontem a presidente disse mais de uma vez que “não se pode demonizar a política”. Referia-se de maneira indireta ao PR (Partido da República), principal responsável pelas indicações de pessoas no Ministério dos Transportes.

Ela também falou sobre os pedidos recorrentes que o Planalto recebe de liberação de verbas do Orçamento. “O deputado tem o direito de ter recursos para investir na sua base. Essa é uma relação da democracia. Não tem nada de errado”, declarou. “É do jogo que o deputado peça. E é do jogo que o governo diga sim ou não”.

Para Dilma, a relação do governo com sua base de apoio no Congresso “está muito boa” e “muito madura”. Ainda assim, “isso não significa que votem tudo o que o governo quer”.