Nenhum. Repito: nenhum instituto de pesquisa acertou o resultado da corrida eleitoral à Prefeitura de São Luís-MA.

Até institutos de “nome” como o Escutec errou os números da eleição. E o que é pior: não acertou nem quem iria para o segundo turno.

As pesquisas apontaram que teria segundo turno entre o prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e o deputado Wellington do Curso (PP). E isso foi a maioria dos institutos.

Erraram feio. Deu Edivaldo e Eduardo Braide.

Agora os mesmos que erraram o resultado da eleição, apontam uma virada – diga-se de passagem surpreendente, do candidato Eduardo Braide.

A pergunta que fica para os eleitores é: um instituto de pesquisa que erra feio no 1º turno, tem credibilidade para apontar o resultado do segundo turno em São Luís?

O sistema de comunicação da família Sarney contratou uma pesquisa para divulgar a corrida eleitoral do segundo turno da eleição à Prefeitura de São Luís-MA. O Jornal O Estado divulgou hoje, dia 12, o resultado.

Ocorre, que a pesquisa vazou e foi divulgada em vários grupos de WhatsApp antes do prazo permitido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA).

Ontem, dia 11, todos já sabiam do resultado que mostrou o candidato Eduardo Braide (PMN) na frente do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT). Braide é apoiado pela grupo Sarney, que foi derrotado no primeiro turno apostando no candidato Wellington do Curso.

O vazamento da pesquisa é grave e só quem tem acesso ao resultado é o contratante e o dono do instituto. Então de onde partiu o vazamento?

A Justiça Eleitoral precisa se posicionar, porque ao que parece o vazamento do resultado foi proposital em favor de Braide. O que coloca a pesquisa sob forte suspeita.

Abaixo a prova de que o resultado vazou ontem às 20h:

Zé Vieira

Agora, Zé Vieira deverá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Caso não consiga reverter a situação, há quem aposte em novas eleições no município. Mas se o recurso de Vieira for aceito, ele será o próximo prefeito da cidade.

Na eleição do dia 02, Zé Vieira obteve 20.671 votos. Já o deputado estadual Roberto Costa (PMDB) teve 18.330 dos votos válidos, assumindo o primeiro lugar por conta do indeferimento de Vieira.

Para quem começou o segundo turno pedindo eleições limpas e sem agressões a seu adversário, o candidato Eduardo Braide (PMN) tem um comportamento no mínimo contraditório, muito distante do candidato com pinta de “bom moço”, que no primeiro turno pedia mais tempo e se projetava como o salvador de São Luís.

Candidato Eduardo Braide

Outra proposta de Braide é criar uma Guarda Municipal Escolar. Mais um equipamento que já existe: o Grupamento de Segurança Escolar é um destacamento da Guarda Municipal de São Luís voltado exclusivamente para a segurança e ações de promoção da cultura de paz nas escolas. O grupamento atua de forma integrada com a Polícia Militar e com o setor de segurança escolar da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

No afã de atacar, Eduardo Braide critica sem conhecimento de causa. Demonstra não entender corretamente o funcionamento do Hospital da Mulher, da Central de Marcação de Consultas, do processo de licitação das creches, da aprovação e sanção de um documento como o Plano de Saneamento Básico, atualmente na Câmara de Vereadores para votação.

Em absoluta falta de sintonia com o mesmo eleitorado que lhe deu a chance de ir para o segundo turno, Braide menospreza o papel da Prefeitura de São Luís na parceria com o governo do Estado – um trabalho conjunto já reconhecido e aprovado pela maioria da população.

Em vez de propostas e apresentação de plano de governo, o ex-gestor da Caema prefere gastar o tempo e a “igualdade de condições”, dadas pelo eleitor num voto de confiança, para atacar não só o atual prefeito, mas também seus aliados.

O candidato que pediu por paz nas eleições, pelo visto, veio logo com “quatro pedras na mão”. Mas esse filme, de tão batido, o eleitor conhece logo, e não tem interesse nenhum em ver de novo.

Gláucio Alencar

O habeas corpus concedido pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão refere-se ao envolvimento dele com crime de agiotagem praticado em Bacabal.

A decisão lhe dá direito a prisão domiciliar e monitoramento por tornozeleira eletrônica. Porém, como também responde pelo envolvimento na morte de Décio, ele não foi liberado.

O Ministério Público e o desembargador Raimundo Melo foram contra a decisão que concedeu o habeas corpus à Gláucio.

“Desta feita, considerando o constrangimento ilegal suportado pelo paciente, de ofício, concedo ordem de Habeas Corpus ao mesmo [Gláucio Alencar], assegurando-lhe o direito de ser colocado imediatamente em prisão domiciliar, devendo o seu cumprimento ser monitorado eletronicamente”, votou o desembargador Froz Sobrinho, sendo acompanhado pelo desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos.

São Luís voltou a ser palco de mais um ataque comandado por facções criminosas. No fim da manhã desta terça-feira (11), um carro de uma prestadora de serviço da Companhia Energética do Maranhão (CEMAR) foi incendiado.

A ação dos criminosos ocorreu na Vila Cristalina, no bairro do Ipase, atrás do Shopping da Ilha.

No último dia 30, dois carros da Cemar também foram alvos dos criminosos. O primeiro ataque ocorreu na Via Expressa e o segundo no bairro do Maracanã.

Após o ataque, o clima é de tensão na cidade, que, vale lembrar, a partir de amanhã (12), terá 431 detentos liberados das unidades prisionais devido ao indulto do Dias das Crianças

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (11/10), nas cidades de São Luis/MA, Vitorino Freire/MA, Pinheiro/MA, Vitória do Mearim/MA, Santa Inês/MA, Olho d’Água das Cunhãs/MA, Castanhal/PA, a Operação THUNDERBOLT, com objetivo desarticular associação criminosa especializada no tráfico transnacional de cocaína oriunda da Colômbia e Peru, tendo como destino traficantes atuantes no Maranhão.

Cerca de 68 policiais federais estão cumprindo 16 mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e dez mandados de busca e apreensão. Além disso, o Juízo da Vara Federal da Subseção Judiciária de Bacabal/MA também determinou o sequestro de bens e bloqueio de valores dos investigados. Também está sendo cumprido mandado de prisão preventiva contra um traficante colombiano, cujo nome foi incluído na difusão vermelha da Interpol.

A investigação, que teve início há cerca de dois anos, identificou três núcleos de uma estruturada organização criminosa de traficantes especializados na venda de cocaína principalmente na capital maranhense e nas macrorregiões de Bacabal/MA e Santa Inês/MA.

Um dos núcleos da organização adquiria a droga produzida na Bolívia e a transportava até o território maranhense por aeronaves e/ou veículos terrestres.

Outros dois núcleos, chefiados por traficantes atuantes em Bacabal/MA e São Luís/MA recebiam a cocaína de um traficante colombiano residente em Letícia na Colômbia, cidade que faz fronteira com o município brasileiro de Tabatinga/AM.

O entorpecente era transportado por via fluvial até cidades ribeirinhas do Pará, de onde era levado de carro ao Maranhão.

O acompanhamento dos alvos pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal durante o período da investigação possibilitou a apreensão de cerca de 200 kg de cocaína e a prisão em flagrante de oito envolvidos, além da apreensão de veículos de luxo e valores em espécie.

Objetos apreendidos durante a operação

Delegado Wedson Cajé Lopes

A informação foi dada pelo chefe de repreensão a corrupção, delegado federal Wedson Cajé Lopes, após entrevista coletiva, realizada na última quinta-fera (06), sobre as operações Abscôndito e Voadores, que são a 2ª e 3ª fase da Operação Sermão aos Peixes.

Ele não disse quais seriam essas empresas.

Wedson Cajé disse ainda que foram pedidos o bloqueio dos bens de alguns dos investigados. “R$ 3 milhões aos investigados vinculados a ICN (o Instituto Cidadania e Natureza), R$ 600 mil aproximadamente de Péricles Silva Filho e 60 mil de Benedito Silva Carvalho”

Edivaldo Holanda Júnior e Flávio Dino

A pesquisa apontou que 60,51% da população acredita que é melhor que o próximo prefeito seja aliado político do governador.

Já 19,82% dos entrevistados considerou melhor que o próximo gestor seja de oposição ao governador Flávio Dino.

Outros 11,20% não souberam responder e 8,45% não responderam ao questionamento, que foi feito entre os dias 25 e 28 de setembro, e divulgado três dias antes da eleição.

Com esse resultado, é possível destacar uma vantagem de Edivaldo Holanda Júnior com relação a Eduardo Braide: Edivaldo é de fato o único aliado do governador.

Ao contrário de Braide, o atual prefeito é o único que está desde o começo com Flávio Dino. Braide só passou a ser aliado de Dino, após a derrocada do grupo Sarney. Antes disso, o parlamentar era fechado com a ex-governadora Roseana e família.

Uma página no Facebook, intitulada “Eduardo Braide Sincero”, que foi criada logo após o resultado da eleição no 1º turno, vem fazendo diversos ataques ao atual prefeito Edivaldo Holanda Júnior.

Criada por aliados de Braide, a página tem compartilhado conteúdos contra o gestor e apostado em um jogo sujo, baixo e rasteiro.

Vale lembrar que, em entrevista coletiva, um dia após a eleição, Braide pediu uma campanha limpa na disputa com o atual prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) no 2º turno.

“Eu quero pedir ao meu adversário, candidato Edivaldo Júnior, que converse com a sua militância, com os seus seguidores, que converse com aqueles que porventura estiverem fazendo qualquer tipo de ataques infundados e que representam calúnia e difamação, para que eles parem com isso. Eu quero que o nível desse segundo turno seja elevado. Nós não podemos tirar o foco e a atenção da administração da cidade, para um tema em que o povo não aguenta mais ouvir falar”, declarou.

Ao que parece, Braide não pediu para que sua militância e seguidores parassem com os ataques infundados e muito menos seguiu seu próprio conselho.