Presidente do TJMA, Cleonice Silva Freire, deve explicações à sociedade
É nitroglicerina pura o escândalo que deverá estourar no Tribunal de Justiça do Maranhão. Há uma suposta farra na folha de pagamento do TJ. E o próprio Governo do Estado confirmou hoje, dia 5, no Diário Oficial.
Ao explicar as razões do veto ao aumento dos servidores do judiciário maranhense, o Governo Roseana diz que ao analisar a situação financeira do Tribunal de Justiça consta um rombo orçamentário de R$ 218.436.000,00 nas despesas com pessoal.
“Ao analisar a situação financeiro-orçamentária do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão – TJMA, restou demonstrado pela Superintendência de Assuntos Fiscais/SEPLAN, através da Nota Técnica n°073/2014-AS/SEPLAN, em anexo, a projeção de um déficit orçamentário de 218.436.000,00 (duzentos e dezoito milhões, quatrocentos e trinta e seis mil reis) nas despesas com pessoal e encargos para o exercício de 2014, ultrapassando assim o limite previsto no art. 20 da LRF”, diz o texto no Diário Oficial (veja abaixo).
Ontem, dia 4, o presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Maranhão (SindjusMA), Anibal Lins, utilizou sua página no Facebook para denunciar um exorbitante recebimento no salário da presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Cleonice Silva Freire. Reveja aqui.
De acordo com a denúncia, a magistrada solicitou um aumento no seu salário, que ela mesmo como presidente do TJ aprovou, passando a ganhar R$ 80 mil. Segundo o presidente do SindjusMA, há também um magistrado que recebeu R$ 334.905,29 no seu contracheque.
“COMO O TJMA PODE PAGAR MAIS DE 300 MIL REAIS A UM MAGISTRADO E NÃO TER “ORÇAMENTO” PARA CUMPRIR UMA DECISÃO DO STF OU PARA REPOR AS PERDAS INFLACIONÁRIAS ANUAIS DOS SERVIDORES?”, denunciou Anibal Lins.
O Blog do Luis Pablo foi informado que a presidente do TJ deverá ingressar na Justiça com um processo contra o titular do blog.
A desembargadora Cleonice Freire, ao invés de processar o blog, deveria explicar à sociedade a razão desse rombo milionário no Tribunal de Justiça, em que o próprio Governo do Estado confirma.