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Delegado Regional Murilo Lapenda
O depoimento do carcereiro Mauri Célio da Costa Silva aos delegados da Superintendência Estadual de Combate à Corrupção (Seccor) Márcio Dominici, Roberto Forte e Renato de Sousa, no dia 5 de julho de 2017, apresentou uma possível reviravolta no caso que resultou na prisão por suspeita de corrupção e formação de quadrilha do delegado do 1º DP de Açailândia, Thiago Fillipin.
Vale lembrar que Thiago foi preso, no fim do mês passado, juntamente com a escrivã Silvya Helena Alves, o investigador Glauber dos Santos Costa, o advogado Éric Nascimento Carosi, e o próprio carcereiro Mauri. Os cinco são acusados de corrupção e formação de quadrilha. (reveja aqui)
No depoimento, revelado com exclusividade pelo Blog do Neto Ferreira , o carcereiro afirma que o delegado regional de Açailândia, Murillo Lapenda, é responsável por um esquema de corrupção e perseguição dentro das unidades policiais da cidade. Foi exatamente por meio desse esquema orquestrado por Murilo que o titular do 1º DP do município foi preso, de acordo com Mauri.
Segundo o carcereiro, a perseguição ao delegado Tiago começou em razão de um rixa pessoal. Lapenda se sentia intimidado com a amizade que o delegado tinha com a família de um empresário opositor ao atual prefeito de Açailândia, Juscelino Oliveira. O atual gestor sempre foi apoiado pelo delegado regional.
Mauri relata que foi oferecido a ele inicialmente R$ 15 mil para que contasse o que ocorria no DP comandado por Tiago. Aparelhos celulares, e motocicletas e até drogas foram dados em troca de informação.
Foi também, conforme o depoimento, ensinado ao carcereiro maneiras de criar fatos para incriminar Tiago. O carcereiro relata um caso em que o próprio Murilo torturou um preso e disse ao advogado que o episódio foi cometido pelo delegado preso.
Mauri garante que as provas dos supostos delitos, que foram denunciados ao Ministério Público, foram plantadas pelo delegado regional. Durante as investigações e oitivas no MP, Lapenda acompanhava o carcereiro e o orientava para evitar erro no esquema.
No dia da prisão, Murilo voltou a dizer como ele deveria agir e ainda afirmou que o mesmo não passaria sequer dois dias sob custódia. “Continua com aquela mesma história nós iniciamos, tu vai ó servir de testemunha, tu não vai passar nem dois lá. Ajuda eles (os delegados que conduzem o caso), tudo que eles perguntarem responde, que eles vão te ajudar no sentido de te liberar”, disse.
Leia e ouça ao relato:
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