![](https://luispablo.com.br/wp-content/uploads/2017/06/743ab8b6-d4e1-42f7-aa39-251586abf5e0-e1497385679154.jpg)
Presos na Operação Rêmora, deflagada no último dia 02 de junho, os cinco funcionários do Instituto de Desenvolvimento e Apoio ao Cidadão (IDAC) foram ouvidos por agentes da Polícia Federal, na sede do órgão, em São Luís.
Na ocasião, o presidente estadual do PSDC e dono do IDAC, Antonio Aragão; Valterleno Silva Reis, funcionário do IDAC e responsável pelos saques na boca do caixa; Paulo Rogério, motorista de Aragão; e os diretores do instituto Mauro Serra Santos e Bruno Balby, relataram aos investigadores como funcionava a rotina de trabalho na organização social.
De acordo a Polícia Federal, o dinheiro destinado para gerir as seis unidades hospitalares estava sendo desviado pelos responsáveis do Idac. Com o esquema, a quadrilha desviou milhões da saúde pública do Maranhão.
Durante as investigações, que contou com monitoramento das transações do Instituto durante 70 dias, foram flagrados diversos saques feitos por um funcionário que entregava os valores ao presidente e diretores da organização.
Um deles, no valor de R$ 71 mil, foi feito no dia da deflagração da operação pela PF e seria entregue por Valterleno para Aragão.
De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Alexandre Saraiva, o dinheiro desviado poderia ter salvado a vida de vários pacientes no Estado.
“Pessoas que poderiam ter sido tratadas, pessoas que poderiam ter sobrevivido estão morrendo antes do tempo. Porque esse dinheiro está indo para o bolso de corruptos”, disse.
A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) seguem as investigações após os depoimentos dos envolvidos no esquema. O governo do Estado decidiu, três dias após a operação da PF, cancelar o contrato que mantinha com o Instituto.
Durante entrevista, o atual secretário de Saúde, Carlos Lula, disse que, antes da operação, não havia nada que desabonasse a conduta do Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (IDAC) Lula também afirmou que não havia nenhuma suspeita de irregularidade.
“A gente não tinha como detectar nenhuma irregularidade, mesmo com nosso sistema de prestação de contas, porque a fraude era sofisticada. As notas fiscais eram emitidas como se o serviço tivesse sido prestado para o IDAC e não dentro das nossas unidades hospitalares”,explicou.