CPI da Agiotagem só depende da oposição
Onze deputados já postaram suas assinaturas no pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar esquemas de agiotagem no Maranhão. O autor da proposta é o deputado Raimundo Cutrim, que tem o seu nome citado pela polícia como um dos prováveis envolvidos.
Para completar o número necessário faltam apenas três assinaturas. Da bancada da oposição, formada por dez parlamentares, seis já assinaram. Do lado de fora ainda permanecem quatro.
São eles: Carlinhos Amorim (PDT), Valeria Macedo (PDT), Marcelo Tavares (PSB) e Othelino Neto (PPS).
O deputado Marcelo Tavares, não se sabe por qual razão, cria todo tipo de obstáculo para impedir a formação da CPI. Por último, ele disse que só assina se a presidência ou a relatoria da comissão for dada para a bancada oposicionista.
Qual medo teria Tavares em assinar a CPI? Ele tem prefeitos envolvidos na agiotagem? Marcelo deve algum agiota? São perguntas que merecem respostas: na tribuna ou fora dela.
Othelino Neto, que já foi secretário do Meio Ambiente do governo Jackson Lago (já falecido), conhece de madeireiros a agiotas. Mas ninguém pode afirmar que ele tenha tido negócios com as duas categorias. Mas é de se estranhar a sua omissão, quando o assunto é agiotagem.
Carlinhos Amorim, que sofreu uma derrota na disputa pela prefeitura de Imperatriz, conhece os agiotas de Bom Jardim a Santa Luzia. Mas pelas informações repassadas ao blog, o parlamentar nunca se utilizou dos serviços do esquema. Mas o seu silêncio é comprometedor. Pois andam espalhando pelo estado que grandes agiotas estariam investindo em deputados para não assinar a CPI. Só Amorim poderá dizer se os boatos são verdadeiros ou não.
A deputada Valéria Macedo tem passado ao largo da questão. Ela não diz que sim e nem não sobre a criação da CPI. Orientada pelo marido, verdadeiro detentor do mandato, finge que o assunto não lhe é familiar.
A parlamentar, se por acaso a CPI for criada, teria informado que não vai participar de nenhuma sessão. E por qual razão? Só Valéria Macedo poderá explicar na segunda-feira da tribuna da Assembleia Legislativa.
O certo é que uma bancada de oposição na sua minoria tem demonstrado covardia e fraqueza. Por isso, é bem provável que os deputados mais maduros no parlamento tome a iniciativa de assinar a CPI para que o Maranhão possa ser passado a limpo, pelo menos no aspecto da agiotagem.
Então não se surpreendam se Tatá Milhomem e Max Barros assinarem a CPI para pôr fim ao esquema nefasto da agiotagem no nosso Estado.