Diretor de hospital pede socorro para o Socorrão; vereador Fábio Câmara critica
O candidato derrotado à vereador em São Luís e diretor do Hospital Djalma Marques (Socorrão I), Yglésio Moisés, deu uma infeliz declaração ao pedir mantimentos para o fim de semana no Socorrão.
Em sua página de relacionamento, no Facebook, Yglésio Moisés disse que “por conta das inúmeras dívidas deixadas pelo Prefeito Castelo, a Secretaria de Saúde está com uma dívida superior a 100 milhões de reais”.
E pediu que “se por acaso nós pudermos contar com a ajuda de cada um de vocês para doar os seguintes gêneros alimentícios, agradeceremos de coração e muitas pessoas não irão correr risco de passar fome”.
As palavras do diretor do Socorrão foram duramente criticadas pelo vereador Fábio Câmara (PMDB), que classificou como um absurdo.
Para Fábio Câmara, a atitude de Yglésio Moisés “abre um precedente perigoso na administração pública que pode até se caracterizado como bitributação”.O vereador disse que a “secretaria [de Saúde] pode fazer reserva de contingência. Numa hipótese mais emergencial, uma parceria como o Governo do Estado, como ocorreu no final do ano”. E não “cobrar da população, que já banca, com seus impostos, o funcionamento do Socorrão”.
A assessoria do diretor Yglésio Moisés encaminhou às 16h, uma nota à imprensa esclarecendo sobre a campanha de doação de alimentos para o Hospital Djalma Marques (Socorrão I). Veja abaixo:
Nota de esclarecimento
Em relação à campanha de doação de alimentos iniciada pelo Diretor do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I) através do Facebook, esclarecemos através desta que:
I. Trata-se de uma situação excepcional, emergencial, voluntária e temporária, uma vez que os alimentos e materiais fornecidos em caráter emergencial pelo Governo do Estado já se esgotaram e não houve continuidade do fornecimento;
II. Praticamente todos os contratos de fornecimento de alimentos e insumos da SEMUS estão encerrados ou demandam auditoria por indícios de irregularidade, situação extrema que exige um prazo legal mínimo para seu equacionamento;
III. Inúmeras outras medidas legais e administrativas estão sendo tomadas pela Prefeitura visando normalizar o atendimento do serviço de saúde, tendo como maior exemplo, a decretação de estado de emergência e a viabilização de novos contratos de fornecimento. Além disso, o município está pleiteando e negociando novas parcerias com a Secretaria Estadual de Saúde e com o Ministério da Saúde para que a população de São Luís e de todos os demais municípios que utilizam os serviços do HMDM possa receber um atendimento de qualidade.
IV. Todo alimento doado ao Hospital Municipal Djlama Marques (Socorrão I) será avaliado pela Vigilância Sanitária e pela equipe de nutrição da HMDM, bem como supervisionada pela Controladoria do Município, que assegurará a legalidade de todo o processo. Ou seja, não há e não haverá nada que possa causar dano aos pacientes e usuários do hospital;
Por fim, convoca-se as entidades beneméritas e sociais a se engajarem na campanha e nesse Pacto por São Luís, em que a sociedade civil e o poder público se unem para melhorar a vida da população de nossa cidade.
Yglésio Moyses – Diretor Geral do Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I)