Mais vereadores podem estar envolvidos no esquema de desvio de verba

Por Luís Pablo Política
 

As investigações seguem em curso

A promotora de justiça Ana Carolina Cordeiro de Mesquita, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), explicou como funcionava o esquema de desvio de verba parlamentar dos vereadores de São Luís.

Segundo a promotora, os próprios parlamentares apresentavam os projetos às entidades sem fins lucrativos. Em duas secretarias municipais eram firmados convênios, que continham as assinaturas do titular da pasta e do presidente da instituição.

Quando o recurso era liberado, o presidente da entidade sacava a verba e disseminava em depósitos em espécie, para evitar o rastreamento, nas contas do vereador, de assessores ou pessoas próximas ao parlamentar.

As investigações que culminaram com a Operação Véu de Maquiavel, deflagrada ontem (10), foram iniciadas em 2021 e apontam um esquema de R$ 6 milhões.

Além dos vereadores Aldir Júnior, Edson Gaguinho, Chaguinhas e Umbelino Júnior também são alvos da investigação os ex-vereadores Ivaldo Rodrigues e Silvino Abreu.

Três entidades estão envolvidas no esquema, sendo que duas, conforme explicou a promotora, não têm estrutura física e nem intelectual para funcionar. Funcionavam apenas para manter o esquema.

A Secretária Municipal de Cultura foi alvo de busca e apreensão porque não forneceu as prestações de contas solicitadas pelo Ministério Público. A outra pasta municipal envolvida é a de Segurança Alimentar, mas esta forneceu as informações requeridas.

O Ministério Público pediu o afastamento dos vereadores envolvidos na investigação, mas o pedido foi negado pela justiça. As investigações seguem em curso com todo material que foi apreendido.

Segundo a promotora, o esquema de desvio de verba parlamentar pode ter o envolvimento de mais vereadores de São Luís e de outras entidades também. Só uma das instituições investigadas, recebeu 18 emendas parlamentares.

Se virar ministro, André Fufuca pode ser afastado pelo PP

Por Luís Pablo Política
 

Presidente nacional do PP não apoia Fufuca no Governo Federal

A indicação do deputado federal André Fufuca (PP) para compor um ministério no Governo de Lula não agrada aos Progressistas.

Pelo menos foi o que deixou claro o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira, durante uma entrevista concedida à CNN.

Ciro deixou claro que se Fufuca assumir uma pasta no Governo Federal, será afastado das decisões partidárias e não terá poder de decisão no PP.

“Os progressistas jamais irão integrar esse governo, jamais irão apoiar esse governo. Não temos identificação, sintoniza, não acreditamos nesse atual governo, que está perdido, no nosso ponto de vista”, justificou Ciro.

O presidente do PP disse ainda que se Fufuca o ouvisse, nem teria aceitado a indicação para compor o Governo Lula.

Ainda não foi divulgado o Ministério proposto a Fufuca. O ministro das Relações Internacionais, Alexandre Padilha, só anunciou dias atrás que o parlamentar maranhense integraria uma pasta.

Vereador é preso durante operação do Gaeco

Por Luís Pablo Política
 

O vereador de São Luís Edson Gaguinho (União), 3° vice-presidente da Câmara Municipal de São Luís, foi preso durante a Operação Véu de Maquiavel, deflagrada hoje pelo Gaeco.

Na residência do parlamentar, no bairro Riod, foram encontrados dois veados, uma arara, munições, medicamentos de venda proibida e ainda sete carrinhos ambulantes do programa estadual “Mais Renda”.

Edson Gaguinho foi conduzido à delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos. Os animais silvestres foram encaminhados ao Ibama.

Saiba quem são os vereadores de São Luís que foram alvos de operação

Por Luís Pablo Política
 
Vereadores Aldir Júnior, Edson Gaguinho, Chaguinhas e Umbelino Júnior

Vereadores Aldir Júnior, Edson Gaguinho, Chaguinhas e Umbelino Júnior

Nesta manhã, dia 10, três membros da Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Luís-MA foram alvos da operação Véu de Maquiavel, deflagrada Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) com apoio operacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Mais detalhes aqui.

Os alvos foram os parlamentares Aldir Júnior (1º secretário), Edson Gaguinho (3º vice-presidente) e Chaguinhas (1º vice-presidente), além também do vereador Umbelino Júnior, que não faz parte da Mesa Diretora da Casa.

Foram feitas busca e apreensão nos gabinetes da Câmara e nas residências dos quatro vereadores, que são suspeitos de desviarem verbas de emendas parlamentares na gestão do ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior.

Ao todo, estão sendo cumpridos 34 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados. A investigação pode levar aos crimes de lavagem de capitais, peculato e organização criminosa.

Câmara de São Luís é alvo de operação por desvio de emendas parlamentares

Por Luís Pablo Polícia / Política
 
Gaeco cumpre mandados na Câmara de São Luís

Gaeco cumpre mandados na Câmara de São Luís

Na manhã desta quinta-feira, 10, o Ministério Público do Estado do Maranhão, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), deflagrou a operação “Véu de Maquiavel” nos municípios de São Luís e Palmeirândia, com a finalidade de desarticular organização criminosa investigada por praticar, em tese, os crimes de lavagem de capitais, peculato e organização criminosa.

Nessa fase da Operação, constam como investigados vereadores, servidores públicos, além de outras pessoas físicas e jurídicas, que, direta ou indiretamente, estão envolvidos no desvio e apropriação de verbas de emendas parlamentares de vereadores da Câmara Municipal de São Luís, por meio de entidades sem fins lucrativos.

Operação ocorre com apoio da PRF

Operação ocorre com apoio da PRF

Ao todo, estão sendo cumpridos 34 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados.

A ação acontece com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no suporte operacional ao cumprimento dos mandados – por meio do emprego de agentes de diversos estados, viaturas e uma aeronave. A cooperação entre Gaeco e PRF repete a parceria ocorrida na Operação Hades, realizada na última terça-feira, 8.

Participam da operação os promotores de justiça integrantes do Gaeco dos núcleos de São Luís, Imperatriz e Timon e a Polícia Civil do Maranhão (1º Deccor de São Luís, 1º Deccor de Imperatriz e 1º Deccor de Timon).

Atuam, ainda, promotores de justiça das comarcas de São Luís, Lago da Pedra, Chapadinha, Guimarães, Pedreiras, Timon, Santa Helena, Viana, Icatu, Santa Inês, Bacabal, São João Batista, Olho D’Água das Cunhãs, Zé Doca, Anajatuba, Açailândia, Raposa e Vitória do Mearim.

ORIGEM DO NOME

O filósofo renascentista Maquiavel é conhecido por suas opiniões sobre engano e manipulação. O nome da operação “Véu de Maquiavel” remete a ele, e se pretende, por meio do cumprimento das buscas e apreensões, remover o véu de enganação em torno do uso indevido de recursos parlamentares.

Márcio Jerry passa mal em Brasília

Por Luís Pablo Política
 

Deputado Márcio Jerry

O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) passou nesta quarta-feira (9), em Brasília, e foi levado às pressas ao hospital.

Segundo informações divulgadas pela assessoria do deputado, Jerry foi diagnosticado com apendicite, com indicação cirúrgica.

“Informamos que o deputado federal Márcio Jerry foi internado esta manhã num hospital em Brasília após atendimento de urgência e realização de exames que indicaram necessidade imediata de uma cirurgia de apendicite”, informa nota divulgada pela assessoria do parlamentar.

Barra do Corda pretende gastar mais de R$ 11 milhões só com uma creche

Por Luís Pablo Política
 

Rigo Teles, prefeito de Barra do Corda

Parece absurdo, mas não é. A Prefeitura de Barra do Corda, comandada por Rigo Teles, pretende torrar mais de R$ 11 milhões só com uma creche no município.

O contrato ganancioso foi celebrado com a Construtora RGE, com sede em Teresina, no Piauí. O valor exato do acordo é R$ 11.330.468,60.

Conforme o extrato, publicado no Diário Oficial do Maranhão, a prestação de serviço é para reforma e ampliação da Creche Escola Professora Nilva Silva de Farias, no bairro Altamira, zona urbana de Barra do Corda.

O contrato foi selado no dia 3 de agosto deste ano e tem vigência de um ano e seis meses. O documento tem as assinaturas da coordenadora de Receitas e Despesas, Maria Edivânia Pereira da Silva, e do secretário municipal de Educação, Abdiel Ramon do Nascimento Júnior.

A empresa piauiense vencedora da licitação pertence a Raimundo Guilherme Pereira Barros e Ethel Maiza Vieira Barros.

Ex-diretor da PRF no Governo Bolsonaro é preso em operação

Por Luís Pablo Polícia / Política
 
Silvinei Vasques e Bolsonaro

Silvinei Vasques e Bolsonaro

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (9), em uma operação sobre interferência no segundo turno das eleições de 2022.

A prisão ocorreu em Florianópolis. Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Em 30 de outubro, dia do segundo turno, a PRF realizou blitze que interferiram na movimentação de eleitores, sobretudo no Nordeste, onde Lula (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto.

Na véspera, o diretor-geral da PRF havia declarado voto em Bolsonaro.

No domingo do segundo turno, Alexandre de Moraes determinou a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques. A ordem, no entanto, foi desrespeitada pela PRF.

Há ainda 10 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos no Rio Grande do Sul, no Distrito Federal, em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte contra diretores da PRF na gestão Silvinei. Não há mandados de prisão contra eles.

Ainda como parte da operação, batizada de Constituição Cidadã, a Polícia Federal deve ouvir 47 membros da PRF.

(Com informações do G1)

“Fora carcamano, fora Braide”, dispara vereador Álvaro Pires

Por Luís Pablo Política
 

Vereador Álvaro Pires

O vereador Álvaro Pires soltou o verbo contra a administração do prefeito Eduardo Braide, nessa terça-feira (8), na Câmara Municipal de São Luís.

Após o discurso do vereador Marcial Lima, Álvaro Pires falou sobre a gestão caótica de Braide, batendo forte contra o fim das escolas comunitárias.

“Além de concordar, eu queria dizer a você vereador (Marcial), vossa excelência, que infelizmente a nossa cidade tem uma situação de fabricar políticos que não conhecem a realidade de São Luís. O prefeito nunca andou de ônibus. Ele não conhece a dor da população, nunca estudou numa escola pública, então, dificilmente ele vai entender a dor desta cidade”, frisou Pires.

O parlamentar continuou falando sobre o sofrimento da população ludovicense e do desconhecimento das dificuldades por parte do prefeito.

“Infelizmente, muitos estão sofrendo por este cidadão que mora lá na Península. Não sabe nem o destino dessas crianças que estudam nessas escolas comunitárias. As filhas dele dificilmente estudam numa escola pública. Ele, dificilmente, frequenta o hospital público, a não ser para gravar um vídeo, criar um fato para colocar na rede social dele”, ressaltou Pires.

Álvaro afirmou ainda que “Nós não podemos mais fabricar esse tipo de gente e colocar para administrar nossa cidade. Fora carcamano, fora Braide. Procura, meu amigo, uma cidade no Líbano pra você governar. São Luís não dá mais”, concluiu Pires.

André Fufuca é alvo de denúncia no O Globo; veja a reportagem

Por Luís Pablo Política
 
O prefeito Fufuca Dantas, à esquerda, e o deputado André Fufuca, seu filho

O prefeito Fufuca Dantas, à esquerda, e o deputado André Fufuca, seu filho

Anunciado como futuro ministro do governo Lula, o deputado André Fufuca (MA), líder do PP na Câmara, emprega em seu gabinete o dono de uma empresa que presta serviço ao município comandado por seu pai, Fufuca Dantas. Sete contratos já foram assinados pela firma com a prefeitura do interior do Maranhão, totalizando R$ 922,5 mil desde 2017.

Assessor de Fufuca desde abril de 2015, Jorge Luis Cardoso Barros recebe um salário de R$ 3.658 por mês. Em março de 2017, o auxiliar abriu a Centro de Apoio às Famílias Maranhenses, com capital social de R$ 100 mil, para oferecer hospedagem em tratamentos médicos realizados em São Luís para pacientes de Alto Alegre do Pindaré.

A cidade está localizada a 300 quilômetros da capital do estado e é governada pelo pai do parlamentar. Dois meses após a criação da empresa, Barros assinou o seu primeiro contrato com o município.

Dos sete contratos, dois foram fechados por pregão eletrônico, e cinco via pregão presencial. O acordo mais recente firmado em janeiro deste pela empresa com o município prevê o recebimento de R$ 286 mil dos cofres de Alto Alegre do Pindaré, o maior valor até o momento.

Os recursos destinados à empresa do assessor de Fufuca são oriundos do Fundo Municipal de Saúde, que, além de verbas periódicas do governo federal, recebe emendas parlamentares, como as de Fufuca, que no ano passado destinou R$ 1,5 milhão por meio do extinto orçamento secreto para o município.

Procurado pelo O GLOBO, André Fufuca afirmou, em nota, que o assessor trabalha em seu escritório de apoio no Maranhão. “Trata-se de um servidor eficiente, que atua auxiliando no atendimento direto às pessoas que apresentam pleitos relacionados à minha atividade parlamentar”, disse o deputado, que nega irregularidades.

“Sobre ele ser dono de empresa, já existe entendimento de que isso não é vedado a servidor comissionado, desde que a carga horária seja compatível com o exigido pelo gabinete. Considerando que Jorge Luis sempre atendeu às demandas com zelo e rigor, eventuais atividades desempenhadas por ele fora do gabinete não foram objetos de controle da minha parte”, afirmou.

Jorge Luis Cardoso Barros não quis comentar. O prefeito Fufuca Dantas afirmou ao GLOBO que não sabia que o dono da empresa atuava como assessor parlamentar no gabinete do filho.

— É uma pensão, onde as pessoas se hospedam e são levadas aos hospitais. O Jorge (assessor) não trabalha lá (no gabinete), que eu saiba — disse o prefeito.

A atual secretária de Saúde de Alto Alegre do Pindaré (MA), Thays Cristina Oliveira Parga, disse em nota que a empresa foi contratada por pregão eletrônico para acolher “pacientes com encaminhamentos médicos para tratamento na capital do estado e sem condições de arcarem com suas despesas de hospedagem”.

(Com informações do O Globo)